É praticamente impossível determinar uma data exata de quando a degradação do centro de São Paulo começou, tantos são os fatores, das mais diversas eras, que a causaram. A recuperação é um processo que ainda está ocorrendo, mas não se sabe nem sequer se terá sucesso. Nas matérias de jornal com as quais trombo em outras pesquisas, pelo menos, consegui achar algo sobre o que provavelmente foi o primeiro estudo sobre a região e que pode, talvez, ser considerado o marco para a recuperação. O simples fato de esse estudo ter sido conduzido há quase quarenta anos já dá uma… [Continuar a ler]
A passagem de nível mais famosa da cidade de São Paulo sempre foi a do Brás, na frente da Estação Roosevelt, mas a Mooca também tinha uma importante porteira, que teve uma história razoavelmente conturbada. Conhecida como “porteira da Mooca”, ela foi criada no início do século XX, ainda pela São Paulo Railway, por isso também era chamada de “porteira da Ingleza” (assim, mesmo, com z) quando se estava falando daquele bairro. Ela era uma das principais ligações da zona leste com o centro, não só antes da construção da Radial Leste como após, enquanto o Viaduto Alcântara Machado não… [Continuar a ler]
A atual Estação Palmeiras-Barra Funda foi a primeira estação em São Paulo a integrar de fato o Metrô e as ferrovias da CBTU e da Fepasa. Seu projeto foi apresentado em 1 de agosto de 1978, mas o terminal só seria entregue mais de uma década depois. Em março de 1987, o governo estadual prometia a inauguração da nova Estação Barra Funda para novembro daquele ano, mas, de novo, a promessa não foi cumprida. Em outubro do ano seguinte, a nova data prometida era 5 de novembro de 1988, mas o sindicato dos metroviários avisava que ainda não haveria condições… [Continuar a ler]
Um “marco histórico para São Paulo”. Foi assim que o então prefeito paulistano Olavo Setúbal definiu em 23 de dezembro de 1975 a integração entre Metrô e ferrovia na região da Estação da Luz, que seria implantada dali a pouco mais de duas semanas, em 8 de janeiro de 1976, exatos 37 anos atrás. Esta foi sua resposta ao anúncio oficial de Plínio Assmann, presidente da Companhia do Metrô, e de José Teófilo Santos, superintendente da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em São Paulo. A intenção por ora era integrar apenas a linha da antiga Estrada de Ferro Santos–Jundiaí (EFSJ, as… [Continuar a ler]
A Estação Roosevelt (atual Estação Brás da CPTM) foi a primeira estação a integrar a zona leste de São Paulo ao Metrô, embora não da maneira como é hoje. Era ali que os passageiros da linha da RFFSA que ligava o Brás a Mogi das Cruzes (a atual Linha 11 da CPTM) passaram a fazer a baldeação a partir de 3 de maio de 1977. Não diretamente para o Metrô, já que ainda faltavam dois anos para a Estação Brás da atual Linha 3-Vermelha ficar pronta. É que a RFFSA tinha acabado de construir uma interligação física entre a Estação… [Continuar a ler]
Atualização (28/1/2013, 18h20): Passando em frente à casa da Rua Martins Fontes, 295 (que, quando inteira, era essa da foto aí de cima) hoje pela manhã, constatei que o que era apenas uma ameaça em setembro passado virou realidade. A demolição já está iniciada, e pouco sobrou do segundo andar. Provavelmente nada mais vai restar quando virar o mês. Mais um exemplo da triste realidade que assombra as casas em ruas privilegiadas do centro expandido paulistano e até de outros locais, dada a sanha de quem só se preocupa em vender novos imóveis e não em dar qualidade de vida… [Continuar a ler]
Campos Elíseos já foi um dos bairros mais nobres de São Paulo, procurado por cafeicultores que buscavam a proximidade com as duas estações centrais paulistanas, ponto de partida para suas fazendas no interior. Hoje o bairro é conhecido quase que apenas por ser um dos principais focos da chamada Cracolândia. A foto acima dá uma pista do motivo para a degradação do bairro: a poucos quarteirões dali, quase não se vê mais o bairro. Na foto, prédios, prédios e mais prédios em Santa Ifigênia escondem o bairro vizinho, que também já teve muitos de seus antigos casarões substituídos por prédios.… [Continuar a ler]
Na época em que defendi as cores da equipe de futebol de mesa do Nacional Atlético Clube, entre 1995 e 1997, frequentei várias partidas do time de futebol profissional no Estádio Nicolau Alayon, pegando nesse período a frustrada campanha do time na Série A-2 de 1995, quando estava (pouco) fora da zona do rebaixamento após dois turnos, mas sucumbiu no terceiro. A última de que tenho registro foi em 5 de abril de 1997, contra a Internacional de Bebedouro, pela Série A-3 paulista daquele ano. (Entrei em vários jogos sem ingresso, então pode ser que eu tenha ido a algum… [Continuar a ler]
A inauguração do Viaduto Pompeia deu-se em 11 de outubro de 1970, cerca de seis meses após a entrega das obras do viaduto em si — ficaram faltando as cabeceiras. Em abril o prefeito Paulo Maluf já dava o viaduto como “totalmente pronto”, algo correto apenas semanticamente. Mesmo se descontado o tempo para a construção das cabeceiras, a obra foi entregue com bastante atraso, já que originalmente ele fora previsto para abril de 1969. A construção fazia parte de um plano de melhorias viárias para a Zona Oeste. Criado como mais uma das “soluções” que priorizavam automóveis, ele transpunha as… [Continuar a ler]
Há anos o belíssimo casarão localizado na Rua Artur Prado, 376, na Bela Vista, entre as ruas Cunha Bueno e Santa Madalena está escorado para não desabar. Como se lê no site São Paulo Antiga, quem passa por ali com frequência já se acostumou a tal paisagem. Mas há pouco mais de um mês ela mudou. Mas, não, o casarão não foi demolido: na semana do último dia 24 de maio a casa foi toda envolvida por uma lona azul. Se o motivo das escoras já não era muito claro — ok, é para não desabar, mas, se o casarão… [Continuar a ler]
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Alexandre Giesbrecht nasceu em São Paulo, em abril de 1976, e mora no bairro do Bixiga. Publicitário formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, é autor do livro São Paulo Campeão Brasileiro 1977 (edição do autor).