A antiga Estrada de Ferro Santos–Jundiaí deixou de alcançar Santos com trens de passageiros de longo percurso em 1997 1995. Em 2002, foi a vez de Paranapiacaba e Campo Grande deixarem de ser atendidos pela CPTM. Agora, no final de 2011, foi extirpado o miolo da Santos–Jundiaí, que já não existia no nome e agora não existe nem mais no já limitado percurso: a Linha 10 da CPTM não mais atinge a Estação da Luz.
Esclarecimento inicial: a foto acima foi usada apenas pelo seu sentido metafórico. Quando ela foi batida, em 30 de novembro de 2010, ainda estava longe de ocorrer a supressão dos trens da Linha 10 com destino à Luz. Ela, na verdade, mostra que o embarque de passageiros rumo à Luz na Estação Tamanduateí tinha sido redirecionado para a plataforma 2, em vez da plataforma normal, a 3. Curiosamente, foi após bater essa foto que eu fui abordado pela primeira vez por um segurança terceirizado da CPTM ao fotografar uma estação.
Até junho passado, a plataforma 1 da Estação da Luz era reservada para o embarque e desembarque da Linha 10-Turquesa, que vem de Rio Grande da Serra e da região do ABC para o centro de São Paulo, com a plataforma 2 atendendo ao embarque e ao desembarque da Linha 7-Rubi — a plataforma 3, por sua vez, atendia ao desembarque da Linha 11-Coral, com a plataforma 4 atendendo ao embarque da mesma linha. Dessa maneira, a linha mais movimentada que passava pela Luz tinha plataformas distintas para embarque e desembarque. No final daquele mês foram anunciadas obras nas vias férreas das proximidades da Luz, e a configuração das plataformas mudou provisoriamente. O embarque e o desembarque da Linha 11 passou a ser feito na plataforma central (2 e 3), com a Linha 7 passando a ser atendida na plataforma 4 e nada mudando para a Linha 10-Turquesa. Felizmente, essa configuração era provisória, pois causava intermináveis filas para os passageiros da Linha 7, tanto para os que embarcavam como para os que desembarcavam, já que há menos escadas atendendo a plataforma 4 do que a plataforma central. A foto abaixo é um bom retrato do que ocorria durante esse período: enormes e desorganizadas filas para acessar uma única escada rolante de acesso à plataforma, com outra escada rolante (aparecendo à esquerda na foto) reservada para o desembarque, assim como uma escada fixa um pouco mais atrás.
Em 6 de agosto, as plataformas voltaram à configuração normal, exceto pela Linha 10, que passou a ter como ponto final a Estação Brás, porque as obras na via agora estavam do outro lado da Estação da Luz. Os acessos à plataforma 1 passaram a ficar fechados. A CPTM distribuiu panfletos onde se lia: “A partir de 6 de agosto, a CPTM vai executar a troca dos aparelhos de mudança de via na Estação Luz [sic]. Portanto, os trens da Linha 10-Turquesa partirão da Estação Brás. Com o novo sistema, mais moderno e eficiente, vai ser possível reduzir o tempo de viagem.” Note que no cartaz não é mencionado que a linha voltará a operar na Luz. Entretanto, segundo diversos usuários havia aviso no site da CPTM informando que a mudança seria por apenas sessenta dias — não é possível encontrar mais no site da CPTM qualquer aviso a respeito, pois a seção de notícias traz apenas os últimos dois meses, indo atualmente até meados de novembro. Ao longo das obras, quem vinha pela Linha 10 e tinha como destino a Luz era obrigado a pegar o trem da Linha 11 no Brás para seguir viagem ou baldear duas vezes no Metrô. Os sessenta dias teriam terminado no início de outubro, mas as obras só foram concluídas em dezembro.
No dia 19 de dezembro constatei que os trens da Linha 7 estavam chegando à plataforma 1 na Luz e seguiam partindo da plataforma 2. Tuitei a informação, seguida de um questionamento ao Twitter oficial da CPTM: “Será que isso significa que a Linha 10 não voltará mais à Luz?” No dia seguinte, a resposta: “Obras de vias na Luz estão prontas; CPTM avalia estratégia na Linha 10 com terminal na Estação Brás para melhorar a segurança do fluxo de usuários.” Confirmação, mesmo, nada, mas a mensagem já dava uma ideia do que estava por vir. No dia 27, uma notícia dava conta de que a CPTM tinha alterado “o modelo operacional nas linhas 7 e 10″, mas o conteúdo em nenhum momento fala com todas as palavras que a Linha 10 não mais alcançaria a Estação da Luz. O tom é de uma mudança mínima, quase sem impacto.
Quase sem impacto? Bem, no último dia 11 um grupo de usuários, reunido por mobilização no Facebook, reuniu-se na Estação Brás com o gerente de Relacionamento da CPTM, Sérgio Carvalho, para discutir a situação. A posição de Carvalho não era das mais confortáveis: defender, diante de pouco mais de vinte pessoas, uma decisão impopular da empresa, sendo que boa parte de sua audiência chegara ali “com pedras nas mãos”. Ele explicou que a decisão foi técnica, não política, e culpou a abertura em tempo integral da Linha 4-Amarela do Metrô. De fato, foi a Linha 4 que injetou milhares de novos usuários na Luz, especialmente depois de ela passar a funcionar no mesmo horário que o restante do sistema. O que eu questiono é o planejamento para isso, já que a nova linha não brotou de esporos do dia para a noite. Segundo Carvalho, a média de usuários da nova linha esperada era bem inferior ao número que acabou se mostrando real quando ela passou de fato a operar.
O problema é que ou isso demonstra um furo de planejamento ou os números estão incorretos. Ele falou em previsão de quatrocentos mil usuários por dia na Linha 4, mas em maio passado, cinco meses antes da operação em horário integral, o governo paulista já trabalhava com um cálculo entre 700 mil e 750 mil passageiros diários. Quando da abertura em tempo integral, inclusive aos domingos (em 16 de outubro), o volume diário de passageiros transportados pela Linha 4 estava em “apenas” 425 mil, abaixo da projeção divulgada pela concessionária ViaQuatro, que opera a linha. Não encontrei registros de a Linha 4 ter transportado mais de setecentos mil usuários por dia até agora.
A CPTM tinha aventado outra possibilidade, a de mudar o terminal da Linha 7 da Luz para a Barra Funda, estendendo até esta estação a Linha 10. Essa opção, claro, agradaria aos usuários da Linha 10, embora certamente fosse causar um mal estar semelhante entre os da Linha 7. Dois motivos foram alegados pela empresa para mutilar a Linha 10, em vez da Linha 7: (1) há um número maior de passageiros rumo à Luz na Linha 7 do que na Linha 10; e (2) haveria necessidade de mais composições na Linha 10 para atender a um trajeto maior, o que seria necessário se o terminal da Linha 10 passasse a ser a Estação Palmeiras-Barra Funda. Eu ainda adicionaria um fator: se a Linha 7 acabasse na Barra Funda, essa linha teria apenas uma integração com outras linhas, de trem ou de Metrô, na própria Barra Funda, contra quatro da Linha 10 (as atuais Tamanduateí e Brás, além de Luz e da Barra Funda). Quem conhece as plataformas que atendem a Linha 7 na Barra Funda consegue imaginar o caos que seria se ali fosse o terminal da linha.
Vale lembrar que na primeira metade da década passada, quando a Estação da Luz passou pelas obras que criaram os átrios subterrâneos que fazem a ligação com as atuais estações de metrô homônimas, o ponto final das linhas 7 e 10 foi mudado para a Barra Funda por alguns meses. Os resquícios dessa mudança provisória parecem cada vez mais permanentes: em alguns trens circulando na Linha 7 ainda é possível encontrar um mapa da linha indicando a Barra Funda como baldeação entre as duas linhas e, na Estação Moóca, ao menos até o início de 2011 ainda era possível ver nas placas indicando o embarque rumo à Luz o adesivo cobrindo o antigo “Barra Funda”, que ainda era bem visível, como se vê na foto abaixo.
Carvalho citou como os dois principais motivos para a supressão de uma das linhas na Luz o grande movimento no corredor de baldeação, causado principalmente pela integração com a Linha 4, e a possibilidade de passar a usar uma plataforma para embarque e outra para desembarque na linha remanescente. Nesse ponto eu questionei a possibilidade de fusão entre as duas linhas, como era nos anos 1980, por exemplo: a linha amalgamada iria de Rio Grande da Serra a Francisco Morato. Sem titubear, ele explicou que isso não é possível no momento, porque a maioria das composições que operam na Linha 10 (que, claro, seriam destinadas à eventual nova linha junto com as da Linha 7) não têm como vencer as subidas existentes no trajeto até Francisco Morato, o que geraria um déficit de trens na linha. Ele deu a entender que a mudança não será revista, ao menos enquanto novas linhas de integração não forem inauguradas, o que poderia desafogar a Luz.
Os usuários presentes à reunião saíram insatisfeitos com o resultado, pois tinham esperança de conseguir reverter a decisão, quem sabe até ali mesmo. Tiveram de se conformar com o repasse das reivindicações à diretoria da CPTM, mas já começaram a se organizar para fazer protestos e distribuir panfletos contra a medida. Eu acredito que a medida tenha sido tomada com base em critérios técnicos, mas, de fato, duas coisas incomodam em tudo isso: a provável falta de planejamento e o fato de a mudança ter sido feita “sorrateiramente”: sem aviso prévio e em período de férias. Até a reunião, ainda não havia nenhum comunicado oficial da CPTM sobre a mudança ser definitiva.
No dia seguinte à reunião o jornal Diário do Grande ABC estampou a seguinte manchete: “Decidido: trens só vão mesmo até o Brás“. A notícia teve 134 comentários de leitores, praticamente todos criticando a decisão. (Parêntese: eu deixei um comentário ali, o que automática e involuntariamente me inseriu na lista de envio de emails do jornal, configurando spam. Lamentável, pois o DGABC não é nenhum jornal de esquina.) Ontem O Estado de S. Paulo também publicou matéria sobre o assunto — com versão online apenas da nota que acompanha, falando sobre os benefícios aos passageiros da Linha 7.
Como se pode ver nas fotos acima, as placas de destino já foram trocadas em várias estações — e foram em mais, só que passei apenas por estas. Note que em três estações sequenciais há três padrões diferentes de placas. Na Moóca, fizeram uma gambiarra parecida com a que mostrei pouco mais acima, só que mais benfeita. O que não fizeram foi atualizar a cor da linha, que já foi trocada duas vezes: de marrom para bege e mais recentemente para turquesa. Na Ipiranga, as cores já foram trocadas, e o “Brás” não parece ser um mero adesivo. No Brás, quem desembarca da Linha 10 vê na plataforma 1 placas brancas indicando “Plataforma 3: Luz”. Elas têm uma seta mostrando que, para seguir à Luz é necessário trocar de plataforma, mas parecem mais confundir do que esclarecer. Se as placas de destino foram alteradas, os mapas da rede nas estações e nos trens permanecem os mesmos de sempre, todos agora desatualizados; alguns mais, outros menos. Em Tamanduateí, por exemplo, o mapa já traz a configuração atual da Linha Amarela, mas ainda a Linha 10 seguindo até a Luz, isso logo embaixo de uma placa indicando Brás como destino da plataforma 1. Ainda há muito o que fazer para padronizar a comunicação visual em todas as estações e, principalmente, deixar à disposição dos usuários informações corretas e confiáveis.
Bpm. os trens para Santos acabaram em dezembro de 1995 e não em 1997. Os para Paranapiacaba em novembro de 2001 e Campo Gtande nunca foi parada da CPTM. Creio que qualquer trem tenha deixado de parar nesse local há muuuuuuito trmpo. Anos 1970, talvez (chute).
Parece que ou meu teclado está muito ruim ou eu é que estou muito ruim…
Minha fonte estava errada, mas já foi corrigida, assim como o texto aqui em cima. Sobre Campo Grande, ainda hoje andei em um trem com um mapa bem desatualizado, mostrando a extensão operacional entre Rio Grande da Serra e Paranapiacaba, com Campo Grande constando no meio das duas:
Estou na luta. Não me conformo com a medida sorrateira e injusta da CPTM. Todas as pessoas com destina à Luz embarcando num único trem que vem de Guainazes tem sido mais perigoso do que deixar como estava. O que ocorre é que nos trens para o ABC a gente esperava o desembarque e entrava. Nos trens para Francisco Morato o pessoa se matava, não deixava o pessoal sair para poder entrar, assim com o pessoal do Guaianazes ainda faz, mesmo o trem parando vazio na plataforma 4. Então mexeram com os que, tem teoria, seriam os menos problemáticos, pois caso não se lembrem (quem ler esta matéria) o pessoal da linha 7 depredram 7 estações há alguns anos por descontentamento.
Então penalizemos o ABC, com todo o seu valor histórico e econômico. Valorizemos os que vem de cidades dormitórios.
Lembrando que o pessoal do ABC vai até São Paulo e São Paulo vai até o ABC. Não é uma rota de mão única. Muitos paulistanos também estão insatisfeitos.
Mas o buraco é mais embaixo. Não vou depredar trens nem estações, mas enviei denúncia para o Consório Intermunicipal do ABC, ao Ministério Público, para dois jornais apurarem, enfim estou aguardando a matéria que virá no Diário de São Paulo… as armas utilizadas por mim e pelo que vi no Face pela maioria dos usuários prejudicados são instrumentos utilizados pela Democracia. E será assim que venceremos, temos certeza, pois somos cidadãos de bem e merecedores.
Olá, Rosana. Não se pode fazer esse tipo de generalização, de que os usuários da Linha 10 seriam “melhores” ou “mais civilizados” que os da Linha 7 ou de qualquer outra linha. Não é por aí, até porque não faz tanto tempo assim que depredações eram razoavelmente constantes em todas as linhas. Isso sem falar que já presenciei até brigas na plataforma 1 da Luz quando ela era usada para embarque e desembarque da Linha 10 (e da Linha 7 também). A questão não é transferir o ônus para outra linha; do mesmo jeito que os usuários da 10 ficaram revoltados com a mudança, usuários de outras linhas também ficariam se fosse outra a linha mutilada. A questão é achar uma solução que seja boa para todos. Um usuário de Francisco Morato é tão merecedor quanto um de Rio Grande da Serra. O caminho que você sugere no último parágrafo é perfeito, e parece que já há movimentação política no ABC. Vamos ver no que dá.
Eles não atualizam nem o site que é bem mais facil
http://www.cptm.sp.gov.br/E_REDECPTM/REDE/esquema_estacao.asp?menu=10
É verdade. E olha que essa é a parte mais fácil de se atualizar!
Na Linha 4 já atualizaram alguns, mas creio que foi a própria Via Quatro que usou o Paint mesmo. Ficou muito porco. Não tirei foto pois não estava com câmera, mas amanhã mesmo tiro ^^
Outra coisa triste com relação a sinalização visual: Quando inauguraram a estação Luz da Linha 4, ouve um corre-corre pra “atualizar” os mapas. Mas até hoje não incluíram a integração com a Linha 2 em Tamanduateí nem a integração com a Linha 1 na luz, e se quer removeram dela da linha 10.
E por isso, muitos ate hoje não sabem da mudança, e se perdem no sistema. E isso ajuda a CPTM. Ninguém sabe mesmo, não vão ligar.
Esse “corre-corre” para colocar a Linha 4 no mapa também foi porco. Simplesmente colaram um adesivinho e pronto. Mesmo em mapas desatualizados! Há mapas mostrando Paranapiacaba, Campo Grande e Pirelli que mostram também a integração na Luz com a Linha 4. E só com a Linha 4, porque a com a Linha 1 não é mostrada, já que não existia na época. Triste isso, e deveria ser péssimo para a imagem da empresa. Só que não é, vai entender por quê…
Alexandre:
Não é se achar melhor ou mais civilizado, mas a região tem indústrias, universidades, hospitais em que trabalham paulistanos, além de nós que trabalhamos em São Paulo. Mas digo que um morador de Rio Grande da Serra é tão merecedor quando Francisco Morato. A CPTM tinha que mexer em uma linha e pegou a que achava que daria menos trabalho, pelo menos em termos de violência e não pense que 7 estações destruídas não é uma espécie de ficha corrida de uma região. Se eu, simples usuária do sistema não esqueci, a CPTM também não. E digo mais, quando nossa linha for justamente devolvida, os pessoal de Morato não irão gostar nem um pouco. Me revolta quem reclama e nada faz, eu estou fazendo e vi que um pessoal do Face fazendo também. Foi lá que vi o link desta matéria e o publiquei também no meu perfil. Tudo que se faz por baixo dos panos, sorrateiramente, tem coisa errada por trás. Cheguei a escrever para a CPTM (em uma das muitas vezes) e acusar o idealizador de morador de Francisco Morato (ou Jundiaí). No mesmo dia ligou um funcionário que ficou mais de uma hora no telefone tentando por panos quentes, tentando explicar a pesquisa por amostragem e etc. Acha esta atitude normal? Vamos ver se os sete prefeitos do ABC (através do Consórcio) tem alguma força política. Hoje recebi também resposta da denúncia que fiz ao MP e por ordem do Ouvidor do MP, a denúncia foi enviada ao CAO-Cível (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis) para as providências cabíveis.
Enquanto houver vida, há esperanças. Não irei desistir tão cedo.
E outro detalhe: se é por motivo de segurança que o embarque e desembarque foi modificado, o que dizer do pessoal que vem de Calmon Viana e do ABC adentrando no trem que vem de Guaianases descer todos ao mesmo tempo na Estação da Luz, na plataforma 3, que é ao lado da 2, também de desembarque de Francisco Morato? Em que isso foi melhor para a Estação da Luz ou para os usuários? Ficou mais perigoso, mais vulnerável a acidentes e furtos.
Grata pelo espaço.
Não acho que a Linha 10 tenha sido a escolhida porque “daria menos trabalho”. Acredito no critério técnico, de que é a linha que trazia menos usuários à Luz, porque isso é um fato. Mas também acredito que seria possível encontrar uma outra solução, que não tirasse de nenhum usuário de nenhuma linha uma alternativa. O que não acredito é que se tenha 56% de usuários, como foi apregoado, aprovando a medida. Ainda que a esmagadora maioria dos usuários da Linha 10 não siga até a Luz, para se ter esse índice no mínimo a pergunta foi mal formulada, sem deixar explícito que a medida envolvia a supressão dos trens da linha na Luz. Nos últimos anos, houve poucas novas estações e integrações inauguradas, mas, quando elas ocorreram, eram novas partes formando o sistema. Remoção de uma integração é novidade.
E o que achou do comportamento de um funcionário me ligar (para meu celular) e ficar mais de uma hora para defender a CPTM da acusação de que o engenheiro seria de Francisco Morato ou Jundiaí? E do fato de três linhas embarcarem em uma que vem de Guaianases (Ferraz, Mogi) na plataforma que divide as escadas com o desembarque de Francisco Morato? Achou isso seguro?
Tal critério técnico foi somente em uma estatística feita por amostragem. Claro que o morador de Rio Grande da Serra que desembarca em Santo André está satisfeito, mas com certeza manipularam a pesquisa, pois não creio que o mesmo morador ficaria a favor dos trens não irem mais até a Luz.
A mim me perguntaram na Estação da Luz, durante o período de obras, em qual estação seria o meu desembarque. Nada mais.
E por que fazer tudo isso sorrateiramente? Por que não implantaram e colocaram abertamente os problemas no desembarque na Luz?
O que vejo todos os dias ao embarcar na plataforma 4, com destino ao Brás é lamentável. Um serviço que só piorou… E os tais intervalos que diminuiram são compensados (negativamente) dentro do trem, que faz o trecho lentamente ou pára para aguardar movimentação do trem a frente. Até nisso piorou para todos, inclusive para pessoal de Guaianases, cuja linha não atende a própria demanda e tem que sofrer um aperto ainda maior e lentidão para desembarcarem na Luz.
Um exemplo foi hoje: no Brás não consegui embarcar no primeiro trem, no segundo fiquei onde sabia que tinha uma porta e desta saiu uma única pessoa e entramos (em 8). Nem preciso dizer que fiz o trajeto sem segurar em nenhuma barra pois não tinha como e nem era necessário pois estava prensada!
Se o critério foi de sermos em menor número, não levaram em consideração de que não somos poucos.
Remoção de integrações pode ser novidade, mas a remoção de estações, desativações de extensões operacionais não é tanta assim. Aliás, esse Expansão São Paulo, programa que alardeava os feitos do governo, e que hoje ninguém fala sobre, mais encurtou a malha ferroviária da CPTM, do que realmente expandiu algo.
E o que me deixa triste, é que nem tentaram trazer a Linha 10 novamente para a Luz. Não sei que melhoria nos transportes é essa que remove opções. Parece que não existe esforço para aumentar a malha, as possibilidades de integração. Parece que não existe vontade nem mesmo de manter as coisas como eram.
O critério que imagino terem usado é o de qual linha tem menos passageiros desembarcando na Luz, o que não significa que sejam poucas pessoas. Justamente por não serem poucas pessoas que acho que era necessário achar-se uma solução que não onerasse nenhuma delas. Também não acho que a decisão tenha sido de uma única pessoa e que isso tenha sido influenciado pelo fato de o(s) responsável(is) pela decisão morarem em um lugar ou outro. Não me parece seguro o que acontece hoje no Brás, mas não sou nenhum especialista. Também não me parecia segura a forma como eram feitos os embarques das linhas 7 e 10 na Luz. Pegaram este problema e solucionaram-no criando outros.
Expansão São Paulo, Integração Centro… muito papo e pouca ação.
Se todas as promessas fossem cumpridas, hoje teríamos um transporte ultra-master-blaster-mega rápido, eficiente, e de grande abrangência :D
Alexandre, sabe me dizer se originalmente a estação Luz tinha as plataformas centrais? Pesquisei a respeito mas não achei nada.
Se fossem cumpridas, teríamos o Metrô desde a primeira metade do século XX… Sobre as plataformas, originalmente havia apenas trilhos e as plataformas laterais, que, acredito, não são as mesmas de hoje. Nesta foto, provavelmente dos anos 1950, dá para ver bem essa configuração. Não sei dizer quando foram construídas as plataformas como são hoje, mas sei que no final dos anos 1980 elas já estavam lá. Sem, claro, a integração subterrânea, que só foi feita na primeira metade dos anos 2000. Ah, que chance foi desperdiçada naquela reforma…
É, se a plataforma central não fazia parte da configuração inicial, podia tem usado uma configuração diferente, com duas plataformas centrais, e apenas 3 vias – uma para cada Linha. Claro q as plataformas seriam menores, nem sei se o espaço físico daria pra isso, mas assim, ambas as linhas teriam uma plataforma para embarque, e outra para desembarque, e sem a necessidade de se manobrar os trens. Infelizmente, durante as obras de reforma se pensava apenas em duas linhas lá.
Alexandre, só acrescentando algumas informações.
Eu trabalhava na Rua Vitória e morava em Mauá nesta época e costumava pegar o trem para Santos pelo conforto e agilidade. Ele fazia paradas em Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Paranapiacaba, Piaçagüera, Cubatão e Santos (eu decorei as estações por causa do anúncio pelo alto-falante, embora nunca tivesse feito o percurso completo). Eu descia em Guapituba, que não era uma parada deste trem, mas sempre havia um funcionário da RFFSA que descia em Guapituba. Então quando o trem se aproximava da estação ele diminuia a velocidade para que o funcionário descesse e eu aproveitava aquele instante para descer também. A viagem era mais cara, talvez 3 vezes mais cara que o trem comum mas valia muito a pena. Os carros (série 141) [1] eram de trem de longa distância com bancos acolchoados e portas de abertura manual nas estremidades de cada vagão. Ele seguia pela via elétrica até Paranapiacaba onde então continuava a viagem rebocado numa locomotiva. Quando foi anunciada a suspensão do funcionamento houve revolta e protesto por parte dos passageiros. Houve um abaixo assinado, tentativas de diálogo com a RFFSA mas infelizmente o trecho foi encerrado obrigando os passageiros a ter que utilizar os trens da CBTU, que naquela época circulavam com muitos carros depredados, super-lotados e com avarias constantes.
Já com a CPTM, a operação até Paranapiacaba (incluindo Campo Grande) foi interrompida em torno de 1999. O que passou a existir foi uma conexão em Rio Grande da Serra onde operavam os mesmos velhos carros que antes faziam o percurso até Santos, da série 141.
Os trens de longo percurso no Estado de São Paulo foram interrompidos em torno de 1996. Em 1995 eu fiz uma viagem de Mirassol (região de S. J do Rio Preto, no oeste do estado) até a Luz, uma viagem de 12 horas (contra 7 de ônibus). A passagem ferroviária desta viagem foi a metade do preço da passagem rodoviária.
Na Estação da Luz a plataforma central servia os trens da CBTU, enquanto as laterais os trens de longa distância. A plataforma central teria sido construída em 1951: “Em 1947, a “Inglesa” (SPR) foi nacionalizada com o nome de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ). Até 1951, foram feitas as obras de reconstrução da estação atingida pelo incêndio. O edifício ganhou mais um pavimento e uma plataforma central para o uso do trem metropolitano.” [2]
[1] http://paparazziferroviario.blogspot.com/2011/09/serie-1100-cptm-e-suas-fases.html
[2] http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-3_estacao_luz.asp
Só corrigindo, a operação até Paranapiacaba foi interrompida em 1996 ou 1997. Me lembrei de um carnaval em que passei acampada no Poço das Moças, cachoeira alcançada por uma trilha a partir de Paranapiacaba. Isso foi em 1997 e me lembro com clareza de ter pego essa conexão até Rio Grande da Serra.
Oi, Aline. Que riqueza de detalhes! Obrigado pela contribuição.
As datas exatas de fim dos trens em SP, os que sobraram nos anos 1990, foram as seguintes: agosto de 1997 – Mogiana (Campinas-Araguari); novemrbo de 1997 – ramal de Juauia (Santos-Juauia) e Santos-Embu-Guaçu; março de 1998, Araraquara-Barretos (Paulista); janeiro de 1999, SP-Presidente Epitacio (Sorocabana); São Paulo-Campinas; SJ do Rio Preto-Santa Fé do Sul; março de 2001: o resto, ou seja: Campinas-Panorama, Campinas-SJ do Rio Pretoe Sorocaba-Apiaí. Abraços.
Quanto a Paranapiacaba, com extensão, em Rio Grande da Serra ou não, parou em novembro de 2001. Sob protestos.
O que eu posso dizer com relação a isso é que esta gestão da CPTM é péssima.
Realmente mentiram para nós usuários da linha 10 e esta justificativa em deixar a linha terminar no Brás é bem infundada.
Os mesmos usuários desta linha que descem no Brás vai continuar indo para a Luz do mesmo jeito e tem outro detalhe a grande maioria não utiliza o Metrô,pois trabalham no Bom Retiro e na Santa Efigênia,então esse papo de linha amarela congestionada é ridículo.
Quanto ao trem que vai para Guaianases realmente aquelas pessoas na grande maioria são um bando de animais que dão pancada e empurram quem está pela frente para conseguir um lugar,já vi agressões verbais e pessoas machucadas porque quem estava acostumado assim como eu utilizar a linha 10 até a Luz e acontece uma mudança radical dessas pega todos de surpresa,para ter que lidar com um determinado tipo de comportamento .
Estou cansado de enviar tantas reclamações e ouvir explicações técnicas sem nexo daqueles idiotas da CPTM e STM.
Solução para isso existe mas aquele bando de inúteis tem preguiça de pensar,só estão lá para ganhar seus altos salários e tomar decisões erradas apenas isso.
Olá, Roberto. Acho que não se pode generalizar os usuários de uma linha por causa de uns poucos mal-educados (que há em todas as linhas) e/ou pelas condições a eles impostas pela lotação do sistema. Não é fácil pegar a Linha 11 no extremo leste todas as manhãs, e isso vai acumulando até estourar, e estoura com frequência, ainda que nem tudo seja culpa da CPTM. Não justifica, claro, mas explica. Também creio que de nada adianta xingar a CPTM e seus funcionários; aí é que se perde a razão e qualquer discussão com a empresa fica prejudicada, até aos olhos de quem está de fora e poderia apoiar a causa.
Olá Alexandre.
Bom a questão em si não é generalizar essa linha 11,mas quem pega o trem no horário de manhã bem cedo como eu sabe como funcionam as coisas por lá não dar para fazer vista grossa e achar que está tudo certo pq não está.quanto ao meu ácido comentário ele se referiu a diretoria da empresa portanto eu sei que tem maquinistas,seguranças,pessoal da limpeza e orientadores e outras funções,que trabalham nas estações que fazem muito bem seu papel,faz a empresa andar.
Agora concordar com as decisões equivocadas que esta diretoria toma prejudicando muitas pessoas sem chance,para mim são péssimos.
Estas obras de trocas de aparelhos de mudança de vias pelo menos para
mim foi uma grande farsa da CPTM,para nos tirar o direito de ir até a LUZ
utilizando a linha 10.
Estou muito decepcionado,para falar a verdade esse tal de Expresso ABC é
outra mentira,só acredito vendo.
Falam em expansão,mas nos tirando uma estação……..estranho.
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Oi, Roberto. Discordar das posições da empresa e considerá-las equivocadas é nosso direito, e no texto original eu discordo da decisão, por exemplo. Também acho que não está bem explicada essa história de só terem decidido que a Linha 10 não mais iria à Luz após a supressão até então provisória desse trecho. Mas bem diferente disso é chamar o pessoal da empresa, ainda que apenas a diretoria, de “idiotas”, “bando de inúteis” e “preguiçosos”.
Gente, não estou entendendo. Pelo que li a respeito o tal Expresso ABC irá somente até Tamanduateí. Do que ele nos adianta se queremos desembarcar como antes na Luz?
Nosso foco é o retorno do desembarque na Luz. A princípio eu chegava atrasada no meu trabalho, hoje tenho que sair mais cedo do que eu saia (e chego mais tarde em casa) por causa de tal mudança, além dos transtornos na baldeação (não é apenas descer de um trem e subir em outro), onde a população oriunda do ABC e Calmon Viana embarcam no Expresso Leste, que além de não atender a demanda própria, deixou de ser expresso pois ele não consegue chegar na Luz sem esperar a movimentação do trem a frente.
Ou será que todos vão aceitar a sugestão do Sr. Francisco Pierrine, durante a entrevista ao SPTV ontem, de que nós temos a opção de desembarcar no Tamanduateí, pegar 2 metrôs para finalmente chegar na Luz e está tudo beleza, estamos reclamando de barriga cheia???
A Estação da Luz está próxima (muito próxima) à Santa Ifigênia, à 25 de Março, à José Paulino (só mencionando interesses do comércio popular) além do Palácio da Polícia Civil, do IIRGD e da Receita Federal. Acredite, para os 3 últimos exemplos vem gente de todo o Estado e não é um fluxo habitual, é por necessidades pessoais.
Tem mais foco para se levar em conta além dos usuários que utilizam apenas para trabalhar.
Alguém por aqui trabalha de sábado, domingo e feriado como eu?
Pois nestes dias muda totalmente o perfil dos usuários. No sábado é uma molecada desesperada para ir para a Santa Ifigênia e de Domingo e feriados são pessoas com as suas famílias, crianças pequenas, grandes… e mesmo assim, com baldeação no Brás, a CPTM sempre coloca a linha em manutenção. Já são alguns anos, a tal manutenção não acaba nunca.
Houve um grave incidente no último dias das mães, mas eu tola só reclamei com a CPTM, deveria na época já ter levado ao conhecimento do Ministério Público. Talvez ainda haja tempo, pois tenho tudo escrito.
Expresso ABC fora da Luz já não é o ideal; fora do Brás, então, é incompreensível. No Brás há um gargalo, por causa das linhas que simplesmente terminam ali. Não é algo simples de resolver, mas duvido que não se possa resolver com o planejamento certo. Para o Expresso ABC ser implantado, serão necessários investimentos, então poderiam ampliar um pouco esses investimentos e fazer com que ele chege ao Brás. E, já que estamos falando em investimentos para chegar ao Brás, poder-se-ia fazer investimentos para fazer ele chegar à Luz. Ou ao menos o restante da Linha 10, deixando o Expresso ABC apenas até o Brás.
Alexandre, a atual estação da Luz nunca teve estrutura para comportar 3 linhas da CPTM. Se antes CBTU e CPTM natinham 3 linhas era por conta do menor de número de usuários à época. Por exemplo em 1984, cerca de 200 mil pessoas utilizavam a estação da Luz. Hoje mais de 460 mil pessoas utilizam a estação. A retirada temporária da Linha 10 da Luz era inevitável.
Hoje, a única solução para a lotação da estação Luz está na construção da estação Nova Luz, projeto da CPTM (e da prefeitura de São Paulo) que solucionaria os problemas de lotação da estação Luz atual. Segundo o projeto, a estação antiga da Luz abrigaria o Expresso ABC e a Linha 11 enquanto que a Nova Luz abrigaria as linhas 7 e 8.
Por conta do projeto da Nova Luz ter sido incluído dentro do biolionário (e importantissimo) projeto de enterramento da ferrovia entre Lapa e Brás, a evolução do projeto se tornou lenta e dependente de uma decisão sobre a implantação ou não do enterramento.
Ao invés de pleitear algo impossível e inviável (como o retorno da Linha 10 à atual estação Luz e a manutenção de 3 linhas da CPTM nela), os passageiros descontentes com essa medida deveriam brigar pela construção da estação Nova Luz, que é a única maneira de se resolver o problema.
Olá, Ivo. A CBTU nunca manteve três linhas Luz, pois à época a Linha 11 chegava apenas ao Brás, então conhecida como Roosevelt. Não sei como está a coisa da tal Estação Nova Luz, mas imagino que a ideia tenha arrefecido depois do fracasso do projeto Integração Centro.
Vale lembrar ainda que existem plataformas abandonadas muito próximas à Luz no sentido Brás, que foram usadas quando a estação estava em reforma, na década passada. Essas plataformas estão hoje em estado condizente com seu abandono, mas poderiam ser oferecidas como solução, desde que se faça acessos, não só às plataformas “originais”, como à própria estação de Metrô, que ficaria praticamente ao seu lado. Esse acesso, inclusive, poderia ser usado como alternativa ao congestionado acesso atual.
Alexandre. Inicialmente, a ideia era levar o Expresso ABC até a Luz. Mas com a remoção da linha paradora de lá, me questiono se isso se tornará realidade. Isso porque a CPTM argumentou, na época da remoção da linha 10, que não queria superlotar a Luz, devido ser um patrimônio histórico, além de “facilitar” os embarques na linha 10 e 7.
Então, caso o Expresso tenha seu ponto final lá, a companhia mostraria que seus argumentos eram apenas desculpas esfarrapadas. Eu duvido muito que a nova linha passe da Mooca. Parar em Tamanduateí seria mais compreensível, visto a integração com a linha 2. No Brás não há espaço físico, nem para plataformas, nem para vias para uma possível integração com a Luz.
É triste isso sabe. Um projeto tão lindo, que a tempos está engavetado, quando finalmente sai, vem meia boca sabe. Isso demonstra que o governo não tem intenção de reduzir a superlotação. A sensação que passa é que esse projeto só vai sair do papel, para depois ser usado a favor do governo.
De que adianta, se não resolvem os problemas? Quinta fui até a Luz no horário de pico da tarde, para voltar e ver como é a situação. Não tive coragem de entrar no trem. Esperei na sacada o melhor momento pra embarcar. Havia muito empurra-empurra, gente gritando, xingando. Quando tomei coragem, por volta das 7:30, a situação já estava um pouco mais tranquila. Um pouco. Já na plataforma, esperei todos entrarem, para embarcar. Me dirigi a porta que a CPTM julga ser mais fácil para descer no Brás.
Um detalhe: esperei todos entrarem, e mesmo assim não fiquei próximo a porta, pois é normal embarcar pessoas de última hora, nada de estranho nisso. Mas também tem usuários que, mesmo não tendo como destino a estação Brás, ficam na porta. O trem não estava tão lotado quando embarquei. Não digo que era possível todos estarem no corredor, mas tem gente que nem tenta sabe, e quando você se dirige a porta, um pouco antes do trem chegar na estação Brás, alguns usuários não ajudam sabe. Ainda acham ruim, mesmo você sendo educado, pedindo licença. Mas enfim, a viagem não foi tão estressante, pois não tive coragem de embarcar em pleno horário de pico, às 6 ou antes.
Mas o que me surpreendeu, foi na hora do embarque no Brás. A Saída do trem, apesar de alguns usuários na porta como disse, foi tranquila. A transferência de plataforma também, apesar de sempre haverem usuários parados no lado esquerdo. O que me deixou triste foi o embarque na linha 10. Esperei um trem sair, e me direcionei num dos pontos de abertura da porta, o último para ser mais preciso. Com o tempo de espera – aliás, bem maior do que 5 minutos – a plataforma começou a lotar. Quando o trem finalmente chegou, a plataforma estava lotadíssima, e todos me empurraram quando o trem abriu a porta.
Fiquei bastante chateado. Isso mostra que, não existe essa coisa de “linha mais educada” ou “bando de animais”. Não é cabível generalizar, atribuir uma atitude a todos tendo como base somente alguns. Muitos elogiam a linha 10 e seus usuários, mas isso não significa que todos são educados. Assim como a linha 11 não é só feita de “animais”.
Claro, tenho consciência de que essa cena não se repetiu no Expresso porque fui o último a embarcar. Já passei por situações bem piores nesse Expresso. E não é necessário ser horário de pico. Já vi grávidas empurrarem, usuários loucos para entrarem no trem, sendo que ele estava vazio. Isso não significa que todos os usuários de lá são assim. Mas confesso que não esperava uma atitude assim dos usuários daqui. Normalmente o que mais ocorre na nossa linha são usuários que embarcam pelo lado esquerdo da porta, inclusive os de São Caetano, já que alguns de lá se julgam “superiores” – um troll veio dizendo isso num fórum por ai ¬¬
Por fim, reafirmo minha decepção com a CPTM. Não há ponto de chamar a própria empresa de idiota. Embora entenda o pensamento de quem o faça. Pois penso que quem trabalha em uma empresa, está lá porque concorda com as atitudes e ideologias da mesma. Não trabalharia em uma empresa na qual não concordo com algumas atitudes ou posicionamentos. Claro, existem vários outros fatores. No final das contas, todos nós trabalhamos para poder nos sustentar. E quando a necessidade aperta, as vezes nos vemos em empresas que, digamos, não nos simpatizamos muito.
A CPTM não é feita só dos dirigentes, que tomaram essa atitude. Aliás, na companhia eles são minoria. Mas são eles que decidem, infelizmente. Não é raro funcionários se simpatizarem e até ajudarem nos movimentos de protesto, distribuindo panfletos aos usuários. Eles também estão insatisfeitos com a mudança. Mas nessas horas não tem greve, não tem sindicato sabe… Essa greve eu apoiaria, ao contrário da outra…
Exatamente, João: o problema não é que os usuários da zona leste ou da região de Francisco Morato seriam “mais mal-educados”, mas, sim as condições de cada linha (e, consequentemente, de cada plataforma) no momento do embarque. Se você começar a segurar trens, causando “bololô” na plataforma, até na quase deserta Estação Sumaré do Metrô você vai presenciar cenas de selvageria. Que é algo que não deveria ocorrer em nenhuma condição, mas é algo que parece inevitável no Brasil.
Sobre a Linha 10 na Luz, comentei logo acima que as plataformas abandonadas podem ser uma opção viável, mas isso exigirá muito investimento ali, e certamente alguns anos entre idealização, projeto, aprovação, construção e inauguração. Mas acredito ser possível fazer, já que o problema não está nas vias de acesso entre Brás e Luz, mas, sim, nas plataformas da última. Tudo isto posto, reitero meu profundo descontentamento com a maneira como tudo foi feito. Já mostrei no texto acima que os estudos da Linha 4 contemplavam o movimento que existe hoje, então qualquer “surpresa” que tenha acometido a CPTM demonstra falta de planejamento, no mínimo. Se a empresa tivesse sido transparente desde o início, com pesquisas que demonstrassem suas intenções — em vez de perguntas genéricas —, a situação poderia ser resolvida de outra maneira.
Alexandre,boa tarde!
Esta mudança da linha 10 tem causado inúmeros transtornos para quem precisa ir até a Luz.
O expresso leste já é lotado e colocando usúarios a mais provenientes da linha 10 só poderia dar nisso descontentamento,xingamento etc…
Pelo visto esta atual diretoria da CPTM está se tornando especialista em tomar decisões erradas,eles consertam uma coisa e estragam outras.
O horário de pico é terrível tanto de manhã quanto a tarde,realmente existem pessoas que se acotovelam e forçam as portas dos trens a ponto de quase arrancá-las,pode parecer exagero mas quem utiliza esta linha sabe o que estou falando.
E o mais irônico é o governador,prefeito e outros andando de trem fora do horário de pico e até com um carro isolado para eles fazendo média com a história da copa do mundo dando a entender que tudo é perfeito,mas não é.
Quanto ao Expresso ABC Luz-Mauá como já estão dizendo por aí,acredito que não sairá do papel com tanta facilidade,pois analisando o trecho com certeza teria que fazer desapropriações e fazer alguma mudança de traçado e adaptar algumas estações.
Temos que aguardar para ver no que tudo isso vai dar,tomara que aconteçam coisas boas para nós usuários principalmente da linha 10.
Clayton-Ribeirão Pires-SP
É, Clayton. O maior problema que vejo com o expresso (qualquer um proposto) é a falta de vias. Imagino que exista alguma solução técnica para que você tenha vários trens paradores e um expresso utilizando duas vias, mas não sei como isso pode ser feito de uma maneira segura. Por enquanto, tudo que ouvi sobre os expressos — Expresso ABC e expresso Pinheiros–Barueri — foi em reportagens de jornais, nada técnicas, que podem estar apenas reproduzindo as famosas promessas de políticos.
Alexandre, não é possível manter a Linha 7 e a Linha 10 na Luz utilizando apenas uma plataforma para embarque e desembarque, pois causam tumultos nos embarques/desembarque e atrasam o intervalo da linha por conta do tempo perdido em manobras. E obras para ampliação da capacidade na velha Luz são impossíveis de ser realizadas por conta do tombamento da estação (a obra de construção dos acesso subterrâneos foi feita de forma bem modesta por conta do tombamento). A estação Luz não possui capacidade para receber meio milhão de passageiros por dia.
O projeto da Nova estação Luz não fracassou, está em andamento e é fundamental para a operação da CPTM. Porém os passageiros da CPTM deveriam reivindicar sua implantação (que irá beneficar passageiros das Linhas 7, 8 10 e 11), pois do contrário, a Linha 10 nunca voltará para a antiga estação da Luz.
Ivo, o que eu sugeri não era mantê-las com a configuração que vigorou até meados do ano passado. A ideia é tentar reaproveitar as plataformas abandonadas que exsitem hoje além da Rua Florêncio de Abreu, que, creio, estão fora da área de tombamento, mas próximas o bastante para que se permita uma integração. Próximas, inclusive, da estação de Metrô, o que serviria até para desafogar o atual corredor de ligação entre as estações da CPTM e de Metrô.
As tais plataformas abandonadas servem, de vez em quando de estacionamento pois já vi veículos particulares estacionados lá e estão caindo aos pedaços, abandonada mesmo. Isso que é preocupação com patrimônio histórico da humanidade.
O que não entendo é: se a Luz não comporta meio milhão de passageiros dia, isso não os impede de ir até lá. E eu, uma destas usuárias tenho que desembarcar na plataforma 1 do Brás, pegar uma escada rolante com centenas de pessoas, ir até o fundo, pois as primeiras escadas da plataforma 2 e 3 só sobem, descer novamente embolada na multidão e embarcar no expresso leste que não suporta a própria demanda.
Antes o pessoal que vem de Camom Viana embarcava no Brás no trem vindo do ABC. Hoje esse pessoal também compartilha a multidão do expresso leste. Se algum de vocês não tem visto esse “bololô” de gente, estão pegando trem no horário errado. Quando eu embarco eu não tenho onde segurar e nem preciso…
Em que essa mudança ajudou? Pode ter ajudado a CPTM mas não aos usuários e este é o foco. Quem não tem competência para gerenciar GENTE, carga HUMANA, deveria sair e deixar para outras pessoas melhores preparadas. E não estou falando de funcionários de carreira da empresa, mas sim de cargos políticos, dados em troca de apoio e votos e não por ser a pessoa certa no lugar certo.
Este indivíduo vai embora mudando o secretário, mudando o governador mas as consequências de suas mudança não.
Estou demorando meia hora a mais no meu trajeto então onde o discurso de que os horários ficaram melhores é verdadeiro?
Eu ainda acho que a linha10 deve voltar para a LUZ, ponto de vista de quem está sendo massacrado na expresso leste e não ponto de vistá técnico.
Esse é o meu ponto de vista e dos demais usuários leigos como eu que NUNCA ouviram falar da NOVA LUZ. Aqui, neste canal foi a primeira vez.
Então por favor, levem em consideração que não entendemos de tráfego ferroviário bem como de sua complexidade mas como usuários pagantes devemos e podemos cobrar soluções que nos ajudem e não nos atrapalhe.
Repito: a forma atual está mais perigosa pois tiraram um fluxo que desembarcava na plataforma 1 e o jogaram na linha mais populosa e juntaram as três (não vamos esquecer de Camom Viana) para descer ao mesmo tempo na mesma plataforma, compartilhando as mesmas escadas inclusive do desembarque de Francisco Morato.
Só no Brasil os consumidores não tem razão, lembrando sempre que o serviço é pago, não viajamos de graça.
E antes de me acharem uma chata pentelha, quero avisar que há 14 anos eu dou palpite na vida da CPTM, inicialmente nos livros pretos de ocorrência de cada estação, mas sempre com o intuito de ajudar a melhorar o serviço, nunca para brigar com a empresa (como agora). E muitas de meus palpites foram acatados, como por exemplo aumentar a graduação do ar condicionado nos trens espanhóis (não é do tempo de vocês meninos) que era um verdadeiro freezer e tirar a música ambiente (era sempre o mesmo CD) e isso deixava todo mundo extremamente nervoso. Se variasse ou fosse uma frequência de rádio tipo Alpha vá lá, mas tinha dia que era sertanejo e isso é gosto pessoal. Enfim… a gente molda o serviço de acordo com a necessidade do cliente e não o contrário. Isso é saber gerir.
Oi, Rosana. Por isso que eu digo que, para as plataformas abandonadas começarem a ser usadas, seriam necessários anos. Infelizmente. Mas parece ser uma opção que sequer é considerada. (Sobre usuários que seguem indo à Luz, não necessariamente todos vão para lá sem essa opção, já que nem todos tinham a Luz como destino final e seriam “diluídos” pelo sistema, seja no Brás ou em Tamanduateí. Óbvio que vários usuários da Linha 10 seguem desembarcando na Luz, mas não são todos. Quantos? Não faço ideia.) Eu sou a favor de que a Linha 10 volte à Luz, mas, havemos de admitir, da maneira como era antes simplesmente não vai mais acontecer, porque a CPTM não vai deixar. Temos, pois, de encontrar e debater soluções alternativas, sejam elas as plataformas abandonadas ou a Estação Nova Luz — solução esta que traz consigo o lamentável fechamento da Estação Júlio Prestes.
Alexandre Giesbrecht, essa obra não é viável pelos seguintes motivos:
- Tombamento da estação (que impede grandes modificações na mesma)
- A estrutura física das estações do metrô impede a construção de um túnel nessa região proposta
- O projeto da estação Nova Luz já comtempla um novo túnel de integração entre ela ,a velha luz e as estações de metrô.
Rosana, a mudança beneficiou os passageiros da Linha 7, que agora não precisam usar a mesma plataforma para embarque e desembarque. O próprio Alexandre já retratou essa situação aqui, onde passageiros da Linha 7 lutavam entre si para realizar embarques e desembarques, enquanto que a plataforma (anteriormente) usada pela Linha 10 estava vazia.
Por conta disso a situação atual é mais segura que a situação anterior. O projeto da estação Nova Luz é recente (2009), por isso que ele é um tanto desconhecido.
Para sua realização será necessário desativar o pátio e as oficinas da Luz, utilizados para a manutenção dos trens das linhas 7 e parte da frota da linha 10 (a CPTM está construindo novos pátios em Francisco Morato, Mauá, além de planejar a reforma do pátio da Lapa).
No memso ano, a prefeitura realizou estudos sobre o enterramento da ferrovia entre Lapa e Brás, e acabou englobando essa proposta da estação Nova Luz.
Esse projeto é essencial para o futuro da CPTM pois os seus maiores terminais (Barra Funda, Luz e Brás) já atendem mal seus passageiros por conta de receberem uma demanda maior que a capacidade dos mesmos. A ampliação dessas estações é inviável, seja por falta de espaço, custo, tombamento,etc. Por isso que os passageiros da CPTM devem lutar pela sua implantação.
Projeto estação Nova Luz (2009)
(obs: so site abaixo, procurem na seção projetos)
http://www.valentearquitetos.com.br/
http://200.152.209.35/~valentea/imagem/pu_estacao_luz.jpg
Projeto de enterramento do trecho Lapa – Brás (2009)
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:jc-5ItH7OcYJ:dc343.4shared.com/download/BVzOBihb/CAPTULO_10_-_Tronco_Metropolit.docx
Oi, Ivo. Não sei se a questão do tombamento afeta o trecho onde estão as plataformas abandonadas, pois já está além do viaduto da Rua Florêncio de Abreu. Haveríamos de verificar. A arquitetura da estação de metrô também poderia ser adaptada. Não sou nenhum especialista, mas engenheiros e arquitetos costumam conseguir solucionar problemas como esse. Já o enterramento do trecho entre Lapa e Brás, que teve bastante destaque na imprensa no ano passado, eu não acredito que sairá do papel. E certamente, se sair, não funcionará em menos de dez anos, o que não resolve o problema imediato dos usuários da Linha 10. Outra alternativa que deveria ser analisada com mais afinco é a unificação das Linhas 7 e 10, que resolveria o problema das plataformas na Luz (menos do que como está hoje, claro, mas bem mais do que era antes). O problema para isso é que muitos trens da Linha 10 não aguentam as subidas da Linha 7, então seria necessário um grande investimento em novas composições, além do tempo necessário para que elas sejam entregues, o que também levaria alguns anos. Não há solução barata, e muito menos não há solução fácil.
Como usuária assídua há 14 anos (em outubro completarei 15) garanto que só via plataforma 1 vazia em raros horários ou em alguns feriados (não todos). Os usuários da linha7 podem até ser maiores que da linha10, mas nem por isso poucos.
Só sei que com tudo isso, a linha10 está a cada ano que passa mais curta. Em breve irão extinguir Rio Grande da Serra e desembarcaremos no Tamanduateí, pois como o Sr. Francisco Pierrine: é uma das opções para quem tem destino até a Luz. Acredito que ele realmente acredite nisso, que para ir até a Luz farei 2 baldeações (fora o tempo perdido) para não ter o transtorno de baldear via Expresso Leste. Ou talvez seja esse o objetivo afinal de contas: ao se depar com as dificuldades, a gente mude o percurso e com isso viabilize estatisticamente as viagens somente até o Tamanduateí, resolvendo o problema da super população da Luz e do Brás.
Meninos, pelo menos um me responda o que estou perguntando há varios posts, para a CPTM e até agora ninguém me respondeu:
Se é por motivo de segurança que o embarque e desembarque foi modificado, o que dizer do pessoal que vem de Calmon Viana e do ABC adentrando no trem que vem de Guaianases descer todos ao mesmo tempo na Estação da Luz, na plataforma 3, que é ao lado da 2, também de desembarque de Francisco Morato? Em que isso foi melhor para a Estação da Luz ou para os usuários?
Eu estou advertindo a CPTM para o fato já tem um tempão. Depois que algo acontecer, seja um passageiro pisoteado ou coisa do tipo ninguém pode dizer que não avisei. Estou lá, vivendo isso no meu dia a dia. Não sou mera observadora…
Não sei qual é a posição oficial da CPTM, mas, da maneira como vejo, a segurança foi melhorada na Luz, enquanto no Brás não sofreu grande piora, pois o volume de usuários que vêm da Linha 10 e querem seguir para a Luz é baixo. Ou seja, o problema de segurança no Brás já existia antes, com a “junção” dos usuários das linhas 11 e 12 na Linha 11 para seguir à Luz, e a adição do pessoal da Linha 10 em pouco afetou o volume de usuários. Mas duvido que a CPTM vá elaborar muito sobre o assunto se questionada. Quanto ao desembarque na plataforma central da Luz, acaba sendo mais seguro do que era antes, pois não há o volume de usuários da Linha 7 querendo acessar a plataforma e eles podem colocar todas as escadas rolantes descendo, ao contrário do que ocorria antes. A plataforma central continua bastante lotada, claro (presenciei hoje de manhã mais uma vez a confusão que é quando os dois trens chegam ao mesmo tempo). Comparado a como era antes está mais seguro, mas ainda não se pode dizer que seja 100% seguro; longe disso.
DIÁRIO DE BORDO:
30/01/2012 – Segunda-feira:
07h43: cheguei na estação de SantoAndré mas não embarquei pois o trem já estava com as portas fechadas e foram havia mais de 15 pessoas em cada porta que não conseguiram embarcar.
07h49: Consegui embarcar em uma composição abarrotada, não consegui sequer chegar nas extremidades de tão cheia
08h22: Desembarque no Brás.
08h29: Embarque no Expresso Leste.
08h39: Horário que o Expresso Leste fechou a porta pois estava aguardando movimentação do trem a frente.
08h48: Desembarque na Luz depois de quase uma hora do embarque em Santo André.
Obs: em todo o trajeto eu não consegui sentar em nenhuma estação.
PS: antes do dia 06 de Agosto de 2011 eu embarcava em Ribeirão Pires, retornava a Rio Grande da Serra para poder sentar e do RGS até a Luz eram 56 minutos.
Onde isso melhorou???
Poucos desentendimentos ocorridos??? Eu peguei por quatro vezes e em todos eu presencei muita falta de respeito entre os usuários, lastimável sem contar que demora muito mais e muito mais desconfortável realmente.
Cara, um dos melhores textos blogueiros que ja li na minha vida até o dia de hoje! O seu texto foi mais explicativo do que os informativos da CPTM que escondeu o verdadeiro motivo, e se aproveitou de uma decisao temporaria para tomar uma decisao permanente.
Sou um usuario recente da Linha 10 da CPTM. Utilizei a linha pela primeira vez em Junho de 2011, onde na volta de Mauá o destino do trem ainda constava como Estação da Luz. Eu desço na estção Bras para pegar o Trem para Guaianazes. Um belo dia que decidi seguir a até a Luz para pegar o trem com destina a Guaianazes de sua estação inicial, verifiquei que a Linha 10 estava apenas chegando na estação Bras por reformas.
Acabou que todos os usuarios se acustumaram a desce no Bras. Entretanto como ja havia muito tempo que essas “interminaveis obras” da CPTM estava acontecendo, decidi pesquisar na internet uma data de previsão para o retorno da Linha 10 como era antigamente, e me deparei com o seu bom e explicativo texto.
Agora, eu imagino como os usuarios se sentiram “trapaçeados” pela CPTM alem de muito prejudicados é claro. Pessoas que não tem acesso ao site para saber sobre tais mudanças e não moram na região do ABC para terem visto a matéria quando ela saiu no Jornal ficaram completamente sem um parecer da CPTM.
Muito triste isso para uma cidade que tem muito a crescer para atender a demanda de usuarios do transporte publico. Morei em NY por 5 anos e a infrastrutura do transporte publico é muito inferior a nossa. Estações são sujas, muitas goteiras, muitos ratos e muitos mendigos moram/dormindo em estações. Entretanto o mobilidade do transporte nunca deixou a desejar inclusive nos horarios de picos onde constantemente os trens aqui de SP param e passam a repetitiva mensagem “Paramos para aguardar a movimentações do trem a frente”. Isso é inadmissivel para um pais que projeta um enorme crescimento princpalmente para o ano de 2014.
Parabens pelo exlecente texto e por nos prover da importante informação. Agora ja sei que os trens da Linha 10 jamais voltaram ao trajeto que antes chegava até a estação da Luz.
Sabe o que é mais irônico, Felipe? Que originalmente a atual Linha 11-Coral ia apenas até a Luz, com a 10-Turquesa seguindo até a Luz (e até além, quando não havia distinção entre as linhas 7 e 10), e agora ocorre justamente o oposto. Ainda não tenho 100% de certeza de que a Linha 10 nunca mais chegará à Luz, mas a chance de isso voltar a ocorrer é cada vez menor. Infelizmente. No mais, obrigado pelos elogios!
Pode ter sido bem explicado mas não foi engolido.
Eu pessoalmente participei da Audiência Pública que a CPTM promoveu no dia 27/02/2012 para justificar à população o que fizeram.
http://www.tvt.org.br/watch.php?id=8486&category=204
A decisão foi arbitrária, estratégica, nos passaram para trás. Entendo que ter que descer no Brás e ser praticamente pisoteada é um grande desrespeito.
Não desistimos ainda e estamos mostrando nossa força.
ALCKMIN ESTUDA RETORNO DE LINHA 10 DOS TRENS A LUZ
http://www.dgabc.com.br/News/5946387/alckmin-estuda-retorno-de-linha-10-dos-trens-a-luz.aspx
Eu tenho lido os comentários na internet nos últimos meses sobre a linha 10,e posso afirmar como usuário diário deste trajeto que a minha vida e a de tantos outros piorou.
Realmente sou obrigado a concordar que está gestão deixa muito a desejar e já está sendo marcada por mortes,ferimentos e vários acidentes.
Esta decisão foi arbitrária sim.
A CPTM e STM atualmente está dirigida por ditadores.
É só analisar os acontecimentos.
Vamos torcer para que os políticos na nossa região tenham êxito,pois eu e os demais usuários estamos cansados de empurra empurra,agressões verbais e maior tempo para descer de um trem e talvez conseguir embarcar em outro para a Luz.
O tal expresso ABC,só para 2015 como andei lendo por aí na internet.
Equipamentos novos ao longo da linha 10 estão simplesmente jogados tomando chuva e sol sem proteção alguma.
Para mim isso é má gestão e falta de respeito com o cidadão e com o dinheiro público.
Aí pergunto onde estão os investimentos?
Já estamos pagando R$ 3,00 e nada de melhorar,já se passam 7 longos meses e como citei equipamentos jogados ao tempo.
Clayton-Ribeirão Pires-SP
Realmente acho que a linha 10 deveria acabar na plataforma 2 de Luz para embarque e desembarque e a linha 7 na plataforma 1 de Luz, também para embarque e desembarque. Se as linhas 7 e 10 virassem uma, os 2100 seriam depredados como os 1700. E a linha 11 já tem trens depredados também; as janelas dos 2000 estão riscadas, e os 1700 que disse ali em cima também.
Olá, Pedro. Discordo dessa questão da depredação. A não ser pelas janelas riscadas, não dá para dizer que os 1700 ou 1100 da Linha 7 estejam sendo depredados ou estejam em mau estado. Além disso, um dos motivos citados pela CPTM para não reunificar as linhas é que os 2100 não aguentariam as subidas da Linha 7.
Só um detalhe, nem tem nada a ver com a matéria, talvez com o (Lentidão) Expansão São Paulo, como bem lembrou o João Eduardo e outros: um funcionário da estação estava entregando panfletos aos que subiam a escada rolante (parada) da Linha 11 sentido Guaianazes e disse perto de mim: “Os novos trens estão chegando”. Olhei para ele e perguntei: “E as novas linhas chegam quando”? Melhor não descrever o olhar que me lançou de volta!
Hoje, 06 de agosto de 2012 fazem exatos UM ANO que a CPTM tirou de nosso itinerário a Estação terminal Luz, nos obrigando a uma baldeação desumana e injusta, e como usuária desta linha não só em dias úteis, mas também de finais de semana, quero demonstrar aqui que nada temos a comemorar, muito pelo contrário, quero narrar tudo o que tenho vivenciado, esperando ser ouvida por alguém uma vez que esta situação não pode continuar assim pois desde a mencionada data as coisas pioraram e muito.
Lembrando que tudo começou com uma grande enganação, o que por si só mostra um descaso da CPTM, informando que tal medida seria para reformas e que em três meses a situação se normalizaria, mas desde o princípio o plano era realmente retirar a linha 10 da Luz, lembrando que nesta data a Linha Amarela, que é usada como uma das desculpas, ainda não havia sido inaugurada.
O que foi feito na tal reforma: os AMVs (aparelhos de mudança de via) foram instalados próximos da Luz, que além de serem mais modernos, permitem mudança de via em até 50 KM/h, além de estarem praticamente colados à estação, o que permite uma manobra de ida e vinda bem mais rápida, como no metrô, que também utilizam deste tipo de AMV. Em cerca de 3 minutos é possível o trem chegar, desembarcar, embarcar e já retornar rapidamente.
Durante a Audiência Pública da CPTM, no dia 27 de Fevereiro, eu perguntei sobre isso para o Sr. Mário Manuel Bandeira, presidente da CPTM e ele me respondeu que para acessar tais AMVs o trem precisaria chegar até ela. No dia eu não fiz a associação que faço agora: se o trem não chega mesmo depois da reforma pronta, então desde o princípio foi planejada as AMVs para não fazerem tal manobra. Desde o início o plano era o de nos retirar do embarque e desembarque na Luz!
Eu confesso que no dia da mencionada audiência fui a última a sair do auditório, juntamente com o pessoal da CPTM presente, alegando que provavelmente nunca mais teria a oportunidade de ficar tão próxima da cúpula e sorrindo eles tiveram que me engolir, mas nesta oportunidade, o Sr. Francisco Pierroni (Gerente de Operação e Circulação de Trens da CPTM) me confessou que um dos fatores que os levaram a tomar tal atitude (de tirar a linha 10 da Luz) foi as escadas rolantes da plataforma central, também denominadas de Plataformas 2 e 3, para que tais escadas ficassem ligadas apenas para descer e nunca para subir, assim o fluxo do pessoal do Expresso Leste (tratados como prioridade máxima pela CPTM) poderia fluir, sem a presença do pessoal com destino à Francisco Morato subindo.
Ainda na Audiência, o presidente da CPTM, além de dar o “mea culpa” por não ter aberto o jogo desde o começo, disse que os intervalos de trens estavam em 3 minutos para “compensar” vamos dizer assim. Pois tal intervalo não durou nem 2 meses. Hoje ele não existe. Em horário de pico o intervalo oscila entre 4 e 6 minutos. Parece pouca coisa mas dobra o número de pessoas em cada vagão. Isso sentido Rio Grande da Serra – Brás. Interessante observar que, quando o intervalo era de 3 minutos, o tempo do trajeto aumentou em quase 20 minutos e agora que o intervalo aumentou, o tempo de trajeto continua mais lento, estamos perdendo sempre. No sentido inverso, mesmo em horário de pico, o intervalo pode chegar até 10 minutos, pois esperam desembarcar 4 composições do Expresso Leste para um para o ABC e isso deixa a plataforma 2 do Brás abarrotada literalmente, sem exageros. Pior: mesmo estando em horário de pico, com uma multidão no Brás aguardando o trem, o mesmo vem sentido Mauá. Isso é desumano para quem desembarca em Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Antes, quando a plataforma 1 era de embarque e desembarque da linha 10 (ABC) na Luz, sempre passavam dois funcionários exigindo que nós não nos adiantássemos e ultrapassássemos a linha amarela. Então tais funcionários passavam pela faixa proibida, obrigando a qualquer um que a tivesse ultrapassado a voltar um passo atrás.
Hoje, tem vários funcionário na plataforma 4 e todos os usuários ficam na beirada da plataforma, se equilibrando perigosamente para não caírem na via e os funcionários da CPTM não fazem absolutamente nada. Cheguei a presenciar um indivíduo se agarrar na porta (feito o homem aranha), na frente de uma destas funcionárias , quase a derrubando e ela nada fez. Foi como se ele fosse invisível. Com a atitude dele, ele conseguiu furar a fila e ser o primeiro a entrar naquele vagão. A atitude mais correta a ser feita seria a tal funcionária entrar no trem e o colocar para fora. Ele fez algo errado, não foi punido, logo continuará fazendo, mas ela nada fez por medo.
Eu confesso que no dia da mencionada audiência fui a última a sair do auditório, juntamente com o pessoal da CPTM presente, alegando que provavelmente nunca mais teria a oportunidade de ficar tão próxima da cúpula e sorrindo eles tiveram que me engolir, mas nesta oportunidade, o Sr. Francisco Pierroni (Gerente de Operação e Circulação de Trens da CPTM) me confessou que um dos fatores que os levaram a tomar tal atitude (de tirar a linha 10 da Luz) foi as escadas rolantes da plataforma central, também denominadas de Plataformas 2 e 3, para que tais escadas ficassem ligadas apenas para descer e nunca para subir, assim o fluxo do pessoal do Expresso Leste (tratados como prioridade máxima pela CPTM) poderia fluir, sem a presença do pessoal com destino à Francisco Morato subindo.
Ainda na Audiência, o presidente da CPTM, além de dar o “mea culpa” por não ter aberto o jogo desde o começo, disse que os intervalos de trens estavam em 3 minutos para “compensar” vamos dizer assim. Pois tal intervalo não durou nem 2 meses. Hoje ele não existe. Em horário de pico o intervalo oscila entre 4 e 6 minutos. Parece pouca coisa mas dobra o número de pessoas em cada vagão. Isso sentido Rio Grande da Serra – Brás. Interessante observar que, quando o intervalo era de 3 minutos, o tempo do trajeto aumentou em quase 20 minutos e agora que o intervalo aumentou, o tempo de trajeto continua mais lento, estamos perdendo sempre. No sentido inverso, mesmo em horário de pico, o intervalo pode chegar até 10 minutos, pois esperam desembarcar 4 composições do Expresso Leste para um para o ABC e isso deixa a plataforma 2 do Brás abarrotada literalmente, sem exageros. Pior: mesmo estando em horário de pico, com uma multidão no Brás aguardando o trem, o mesmo vem sentido Mauá. Isso é desumano para quem desembarca em Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Antes, quando a plataforma 1 era de embarque e desembarque da linha 10 (ABC) na Luz, sempre passavam dois funcionários exigindo que nós não nos adiantássemos e ultrapassássemos a linha amarela. Então tais funcionários passavam pela faixa proibida, obrigando a qualquer um que a tivesse ultrapassado a voltar um passo atrás.
Hoje, tem vários funcionário na plataforma 4 e todos os usuários ficam na beirada da plataforma, se equilibrando perigosamente para não caírem na via e os funcionários da CPTM não fazem absolutamente nada. Cheguei a presenciar um indivíduo se agarrar na porta (feito o homem aranha), na frente de uma destas funcionárias , quase a derrubando e ela nada fez. Foi como se ele fosse invisível. Com a atitude dele, ele conseguiu furar a fila e ser o primeiro a entrar naquele vagão. A atitude mais correta a ser feita seria a tal funcionária entrar no trem e o colocar para fora. Ele fez algo errado, não foi punido, logo continuará fazendo, mas ela nada fez por medo.
Quando o trem vem de Guaianazes, ao parar no Brás, os usuários desta linha, mesmo sabendo que irão desembarcar, só levantam e vão para a porta depois que o trem para. O que gera também um grande transtorno pois a gente fica esperando este pessoal descer para podermos embarcar. Já cheguei a ficar prensada de uma forma “imexível” que, além de não ter onde segurar ou se mexer, a única coisa que tinha na frente de meu rosto era uma axila peluda de um usuário de regata, que se segurava num cano. Fora que com esta pressão do aglomerado, muitos homens se aproveitam para se encaixar em nós, causando constrangimento e desconforto, além do crime de assédio sexual. Também ficamos caladas neste momento por medo.
Como o embarque na primeira porta do vagão não funciona, pelo contrário, tem se mostrado até mais perigoso, acabamos por utilizar qualquer outra porta qualquer e ai chega a segunda batalha do final do dia: desembarcar no Brás, pois é tanta gente querendo entrar que não nos deixam sair. Tem muita gente que não consegue desembarcar e acaba sendo obrigada a ir até o Tatuapé para depois retornar.
Mais uma vez, os funcionários da CPTM nada fazem no Brás, apenas ajudam a fechar as portas porque tem gente demais no trem e as portas não fecham pois se deparam com barreiras humanas. Eles dão uma “força”, empurrando as pessoas para a porta fechar. Vida de gado mesmo!!!!!!!!
Neste ponto chego a conclusão que a CPTM tem medo dos usuários do Expresso Leste.
Então sacrificaram o pessoal do ABC, pois não nos temem, nem nos respeitam: nunca quebramos estações nem depredamos trens. Ainda acreditamos em meios democráticos, baseado nas leis, embora até agora este meio ainda não tenha surtido efeito.
De nada adianta criticar, apontar erros apenas, sem pelo menos tentar encontrar uma saída e é por isso que, como usuária assídua, gostaria de dar uma sugestão, embora a que eu tenha dada na reunião, aceita pelo então Presidente do Consórcio ABC Sr. Mário Reali, tenha sido ignorada totalmente pela CTPM.
Assim, como disse inicialmente, eu também trabalho de finais de semana, então acabo vivenciando os esquemas que a CPTM faz para a manutenção de vias.
Como não é justo termos sidos sacrificados e jogados no Expresso Leste, linha esta bem mais recente do que a do ABC, sugiro, ainda que em caráter experimental (mais uma vez), embora eu tenha a certeza que daria certo, que a CPTM coloque o nosso embarque e desembarque na plataforma 2 da Luz (antes era na 1), já que nos consideram numericamente inferiores as demandas das linhas 7 e 11. Assim para embarque usaríamos exclusivamente e tão somente as 2 últimas escadas rolantes da plataforma, ficando 6 (3 duplas) para o desembarque do numeroso, tumultuado e perigoso Expresso Leste e nosso desembarque também, mas como somos inexpressivos não seremos sequer notados pelos temidos usuários. Sei que a CPTM alega que, o embarque e desembarque na mesma plataforma não é irregular pois não passa pelo carrossel e etc, mas gostaria também de lembrá-los que por muitos anos a Linha 10 e a Linha 7 assim o fizeram sem grandes problemas. O nome do problema da CPTM na Estação da Luz se chama Linha 11-Expresso Leste.
Aproveito ainda para informar que, sou apenas um exemplo de usuário. Existem relatos mais escabrosos de desrespeito que o meu, com ferimentos gravíssimos, inclusive com fratura exposta, mas quero aproveitar a oportunidade para relatar que, embora eu sempre seja extremamente cautelosa, abriram minha bolsa dentro deste Expresso e conseguiram furtar o meu Bilhete Único, fato ocorrido no dia 26 de Julho mas desta vez registrei a ocorrência.
Quero denunciar ainda que há uma plataforma na Luz que só não está totalmente abandonada pois está servindo de estacionamento para os funcionários da CPTM, a plataforma que seria o prolongamento da 4 ( a chamemos de plataforma 5), a mesma que foi utilizada há uns anos pela linha 10, quando a Luz precisou de uma reforma. Tal plataforma está lá, telhado quebrado, espaço ocioso, estacionamento de luxo.
Não estou pedindo um favor, estou implorando pelo amor de Deus: nos tirem desta baldeação do Expresso Leste!!! Reintero ainda, mais uma vez que, não precisam acreditar em mim, alguém faça um dia tal trajeto em horário de pico e vejam os horrores a que somos submetidos todos os dias. Se há problemas em outras linhas, eu não posso fazer nada. Estou lutando pela minha, apontando os defeitos e possíveis soluções pois sinto na carne. No restante, a cúpula da CPTM e do Metrô são muito bem remunerados para resolver e já deveria tê-lo feito há muito tempo, mas o transporte público para a periferia de São Paulo foi sempre renegado a segundo plano e o resultado é o que está ocorrendo hoje: estão colhendo o que plantaram as custas de nossa integridade física, da integridade de quem, além de pagar a passagem, também paga os maiores impostos do mundo! Os mentores intelectuais desta mudança não usam trem para irem para casa.
Não estamos pedindo para viajar sentados. Estamos pedindo por dignidade no transporte público.
Quero finalizar o que a princípio pode vir a ser uma denúncia muito grave: sábado e domingo tinham pessoas nas estações fazendo pesquisa de itinerário, colete personalizado, tablet nas mãos e segundo li numa rede social, a pedido do próprio governador. Eu mesma fui entrevistada ontem (domingo, 05/08) porém apenas na Luz, quando retornava para casa. Se tal pesquisa ficar somente em dados dos usuários de final de semana, novamente seremos desmerecidos em números. Foi baseada numa pesquisa como essa que o presidente da CPTM alegou que a medida de nos tirar da Luz era além de justa, necessária.
Cara Rosana, sou usuário do Expresso Leste e pego os trens todos os dias e algumas vezes no fim de semana também. Antes que digam que vim crititar vossas palavras, digo que concordo com todas as coisas que escreveu, porém vejamos alguns pormenores que podem ser apontados e outros adicionados a sua grandiosa crítica. Note, apenas, que não sou engenheiro, nem coisa do tipo; estou apenas discorrendo com aquilo que sei.
- “Quando o trem vem de Guaianazes, ao parar no Brás, os usuários desta linha, mesmo sabendo que irão desembarcar, só levantam e vão para a porta depois que o trem para”.
Sim, isto realmente é verdade, não tiro a vossa razão, porém digo que algumas vezes os trens vem demasiados cheios, como bem sabes, e deveras é humanamente impossível nesta situação todas as pessoas que irão desembarcar no Brás estarem já próximas as portas, isso sem contar algumas pessoas que não conhecem ou não estão acostumadas a pegar trem e são pegas de surpresa pelo embarque/desembarque tumultuado quando chegam àquela estação para desembarcarem, fora o fato de que aquela voz que insistentemente teima em dizer para não ficar próxima as portas as pessoas que não for desembarcar na próxima estação não tem noção de que na maior parte das viagens o trem vai abarrotado e ficamos “imovíveis” dentro do vagão. O que resta ao usuário que precisa desembarcar ali é esperar o trem parar e algumas pessoas próximas as portas sairem (o que nem sempre acontece) para que elas possam sair também, o que algumas vezes não dá certo e provoca incômodos e insultos, quando não algo mais sério como bem sabemos.
- “O nome do problema da CPTM na Estação da Luz se chama Linha 11-Expresso Leste”.
Na verdade o nome do problema se não me engano é Sistema Municipal de Transportes, como um todo: trens, metrô, ônibus e lotações, pois todos eles não foram bem planejados, não estão adequadamente dimensionados ao tamanho da metrópole, ressaltando neste caso nossa malha ferroviária que é boa parte do início do século passado, senão mais antiga, e também me lembrando que uma boa parte dela já foi extinta, sucateada e mal-conservada, neste último caso aumentando o tempo de viagem dos trens
- “Quero denunciar ainda que há uma plataforma na Luz que só não está totalmente abandonada pois está servindo de estacionamento para os funcionários da CPTM, a plataforma que seria o prolongamento da 4 ( a chamemos de plataforma 5), a mesma que foi utilizada há uns anos pela linha 10, quando a Luz precisou de uma reforma. Tal plataforma está lá, telhado quebrado, espaço ocioso, estacionamento de luxo.”
Do meu ponto de vista a “plataforma 5″ não pode ser utilizada para o desembarque de passageiros justamente por falta de AMV’s na via, se não estiver enganado, mas não apenas por isso: o Expresso Leste chega na plataforma 3, muda de via após a estação da Luz e retorna para embarque na plataforma 4. Para facilitar, visualizemos somente o desembarque nela: para que um trem pudesse deixar passageiros na “plataforma 5″ ele precisaria retornar vazio sentido Brás, permitindo que aquele que está voltando à Luz para embarque sentido Guaianazes na plataforma 4 possa seguir viagem. Na suposição de que este trem tivesse de retornar, teria de mudar de linha, para aquela que chega a plataforma 3 da Luz, porém é bem provável que neste mesmo sentido já esteja vindo outro trem da estação Brás para desembarque na plataforma 3, o que provocaria ainda mais atrasos, sem contar que os trens que vem e vão de Francisco Morato mudam de via junto aquele local, entre as linhas que servem a plataformas 1 e 2 (algumas vezes até mesmo os trens do ABC estão aguardando junto as mesmas). Talvez nem seja preciso dizer que por motivos semelhantes não dá para um trem vindo do ABC ser deslocado para a “plataforma 5″, tendo ele que obrigatoriamente cruzar duas vias para poder ir e voltar; isso é algo que só é viável num pátio. Não bastando isso, ainda há que se saber se existem trens e operadores suficientes para orquestração de algo do tipo na referida plataforma, mas acho que aí já é outra história. Em último caso o leitor João Eduardo citou o estreitamento da plataforma central da Luz, porém acredito que seja o modelo mais inviável porque a estação é tombada pelo patrimônio histórico.
- “No restante, a cúpula da CPTM e do Metrô são muito bem remunerados para resolver e já deveria tê-lo feito há muito tempo, mas o transporte público para a periferia de São Paulo foi sempre renegado a segundo plano e o resultado é o que está ocorrendo hoje: estão colhendo o que plantaram as custas de nossa integridade física…”
Sim, muito bem remunerados, acredito. Porém, não podem colher aquilo que não plantaram, pois se as coisas estão como estão foi porque, como citei anteriormente, não houveram planejamento adequado, tampouco obras e com isso reais melhorias e aquilo que foi proposto como soluçao, vide o Expansão São Paulo, não passam em minha visão de engodo e marketing político: a maior parte desta situação foi de fato comodismo de nossos governantes!
- “Quero finalizar o que a princípio pode vir a ser uma denúncia muito grave: sábado e domingo tinham pessoas nas estações fazendo pesquisa de itinerário, colete personalizado, tablet nas mãos e segundo li numa rede social, a pedido do próprio governador. Eu mesma fui entrevistada ontem (domingo, 05/08) porém apenas na Luz, quando retornava para casa. Se tal pesquisa ficar somente em dados dos usuários de final de semana, novamente seremos desmerecidos em números. Foi baseada numa pesquisa como essa que o presidente da CPTM alegou que a medida de nos tirar da Luz era além de justa, necessária.”
Ouvi no rádio, se não me engano, falar de uma nova pesquisa que será feita porta a porta. Também já respondi uma feita na estação dom bosco, mas tudo se resumiu a me perguntar qual era meu destino e acho que me lembro do pessoal na luz fazendo a pesquisa a qual se refere. Quanto aquela que anunciaram, me pergunto se quem a responderá são os verdadeiros usuários do sistema, não quererendo desmerecer quem não o utiliza com frequência, porém uma coisa é certa: sem reais projetos e obras de melhoria que nos proporcionem alternativas aos caminhos existentes tudo vai continuar do jeito que está, senão pior.
Sr. Erivelton:
Minha crítica foi embasada na vivência, em tombos, assédios, furto e na luta que estou participando desde que nos tiraram da Luz. Estive na audiência pública que a CPTM foi obrigada a fazer pois denunciamos o caso para os prefeitos, vereadores, Ministério Público e até para o governador.
Não acho justo que para a linha 11 e 7 tenham um embarque e desembarque seguro, nós do ABC tivéssemos que ser sacrificados.
Todos os relatos são verídicos, e como usuário do sistema, já deve ter visto os tais homens aranhas, que se agarram na porta e os funcionários da CPTM nada fazem. Eles servem apenas para ajudar a fechar a porta, nada mais.
Tudo o que quero e sei que todos os usuários da linha 10 querem também é retornar com que a estação terminal seja na Luz. Somos 6 cidades, 14 estações, não podemos ser ignorados.
Se estíver acompanhando o que tem ocorrido, deve ter visto que fomos vítimas de uma grande enganação. O próprio presidente da CPTM teve que fazer um “mea culpa” público, na mencionada audiência.
Desde o princípio, o que para nós seria apenas uma reforma, para eles já era definitivo. É um sapo que ainda não foi engolido.
O atual presidente da CPTM é funcionário de carreira, assim como outros. Lidam com isso há muitos anos. Falta planejamento e competência.
Estão fazendo nova pesquisa pois segundo a CPTM somos um nº muito pequenos de usuários, mas observe quando descemos no Brás, o nº de pessoas que sobem as escadas rolantes e trocam de plataforma para poder vislumbrar que não somos tão poucos assim.
Uma segurança de plataforma da CPTM, moradora de Guaianazes me contou que foi somente depois de quebrarem muito trem que a CPTM se sentiu acuada para que a estação terminal fosse na Luz. Este expresso Leste é recente é por causa dele que fica todo aquele tumulto na Luz.
A menção da plataforma 5 não foi para que fosse utilizada pelo Expresso Leste, mas que um espaço ocioso que se quisessem, eles tem muitos engenheiros que poderiam aproveitá-lo de um jeito ou de outro. Na região, uma hora de estacionamento é seis reais, se período inteiro, em alguns custam até 20. Virou estacionamento de luxo sim. A Estação da Luz é patrimônio público e tombada e não para que uns e outros privilegiados a utilizem como estacionamento.
O sr. já foi derrubando dentro do trem? Já foi furtado?
Pois eu fui e muito mais.
É vexatório. É humilhante.
E é mentira que na Luz, em horário de pico, o trem sai semi vazio pois os usuários não querem viajar em pé e fazem uma barreira que nos impede de entrar?
Tudo o que quero é que nos tirem do Expresso Leste. Não moro na Zona Leste, somente isso.
Trabalho com uma moça que morou na Zona Leste e ela disse que sempre viajava com uma faca (sem cabo) escondida na manga, pois todos os dias tinha sempre um engraçadinho se esfregando nela e ela os cutucava com a faca.
Cheguei a procurar um representante na Zona Leste para aderir a nossa causa uma vez que superpopulamos a linha que já não atende a própria demanda mas ninguém se interessou.
No meu relato eu não somente aponto críticas como solução com o que se tem hoje. Esperar uma reforma é acreditar em Papai Noel…
Gostaria de saber se o Sr embarca e desembarca no Brás ou na Luz…
Nossa! Não pensei que mesmo depois de um ano ainda se lembrariam disto!
Enfim, o que me deixou profundamente decepcionado não foi o fato de terem retirado a Linha 10 da Luz, somente. O que me deixou totalmente desacreditado foi o modo como foi feito. Disse muitas vezes que a medida beneficiou os usuários da Linha 7, vendo por esse ponto foi sim uma medida acertada. No entanto, como já disse acima, os dirigentes devem pensar em todas as possibilidades antes de tomar uma atitude assim. Eles deveriam ter pensado no bem comum, e não apenas de uma parcela de usuários. Essa medida afetou a todos, de certa forma. É uma opção de integração perdida. E quando colocamos na ponta do lápis os ganhos que isso trouxe, vemos que não compensou. A Luz continua abarrotada, o Expresso também – se não mais.
Pra mim, esta atitude escancarou os reais interesses da CPTM. Ela é uma empresa, ponto. Seu foco não é atender da melhor forma possível seus usuários, e sim o lucro. É isso que qualquer empresa tem como objetivo. Tanto que, todas as intervenções feitas para “aliviar” e distribuir a demanda se mostraram ineficazes. Será que é esta a intenção? Eu acredito que a questão é muito mais profunda do que simplesmente a remoção de uma estação. Já fizeram isso diversas vezes. A questão é: este modelo de transporte público pode se sustentar, gerar lucro, e atender os usuários com qualidade? O Metrô consegue se sustentar, mas a que preço? O serviço é de qualidade, é rápido, mas é superlotado.
Sobre possíveis obras na Luz, como perguntei para o Alexandre, as plataformas centrais não faziam parte da configuração original da estação, logo não são tombadas e podem receber obras. Só foi uma sugestão de ideia, mas na prática seria impossível, e mesmo que não fosse, não há interesse político. Creio que não haveria espaço suficiente para duas plataformas centrais, elas seriam muito estreitas. Sem falar que o gargalo maior não são as plataformas, mas sim os acessos. Há poucas escadas, e as passagens subterrâneas são muito pequenas – desativaram as lojinhas dos corredores, mas não liberaram o espaço para o fluxo de passageiros :S
Resumindo, acho que ninguém mais tem esperanças de ver a Linha 10 de volta a Luz né? No máximo durante obras no Expresso. Ai viramos os salvadores da pátria. Temos que nos contentar com Tamanduateí, nossa nova Luz, literalmente: é pequena e abarrotada. E pelo andar das coisas, não colocarão mais duas plataformas, a fim de uma ser destinada para embarque e outra para desembarque – não foi esse o motivo da retirada da estação Luz? Contraditória a CPTM ¬¬
Devemos agora nos preocupar com as obras de “modernização” das estações e com o Expresso ABC. Não é nada confirmado, mas pelo que pesquisei, parece que a CPTM quer adotar um modelo semelhante ao de Tamanduateí em todas as estações que receberão o Expresso, ou seja, plataformas em modelo “ilha”, o que é horrível. Como uma empresa de transporte público pensa numa ideia de jirico dessas? As estações que receberão o Expresso já tem um modelo perfeito: duas plataformas centrais e outras duas envolvendo essas do meio, de forma que no Expresso haveria plataformas distintas para embarque e desembarque, e na linha paradora o embarque e desembarque seria feito em apenas uma plataforma. Não é preciso ser gênio para entender que plataformas distintas para embarque e desembarque é o melhor modelo para estações com grande fluxo de passageiros. A própria companhia já disse que o Expresso nascerá superlotado – e olha que tem gente que diz ser uma obra desnecessária.
Enfim, temos que abrir os olhos com as novas promessas feitas. Como já disse acima, o Expresso é um projeto lindo, que veio pra solucionar muitos problemas crônicos de transporte na região. Mas se não tomarmos cuidado, ele sairá meia-boca. E não é isso que queremos.
Caro João Eduardo:
Este assunto eu não esqueço pois o sinto na pele todos os dias de meu plantão.
Não engoli esta sapo ainda. E creio que nós, os usuários mais prejudicados não podemos aceitar esta decisão como se fosse a mais sensata, pois não é.
Durante este um ano de verdadeiro inferno eu fui furtada, empurrada, derrubada e somente não tive uma atitude mais violenta por ser funcionária pública e não posso me envolver neste tipo de briga, mas vontade de até matar alguém já tive.
E isso graças a CPTM, que instigou o que de pior há em mim.
A nossa luta continua. Eu não irei desistir. Eu tenho esperanças sim de que a linha 10 volta na Luz mas não estou assistindo de braços cruzados. Estou brigando mesmo junto ao Governo do Estado, ao Consórcio Intermunicipal do ABC e até com o presidente da OAB de Mauá.
É uma briga desigual, eu sei, me sinto uma formiga diante de um gigante, mas uma formiga pode até não incomodar, mas um formigueiro sim.
Venha se juntar a nós: https://www.facebook.com/groups/344539688904477/
Cara Rosana, a primeira coisa que gostaria de salientar é que não consigo acessar a página do Facebook para também fazer parte do “formigueiro”. Sim, ouço falar e vejo muitas coisas que acontecem em nosso sistema de transporte, principalmente na Luz quando embarco de volta para casa: graças a Deus, ao tempo que tenho feito este trajeto (está por fazer um ano) não tive o desprazer de ser assaltado (tomo algumas precauções já faz algum tempo desde que um senhor, na minha frente, afirmou que haviam lhe surrupiado a carteira logo que a porta se fechou e o coitado teve de descer no Brás para tomar as providências – hoje mesmo um senhor após o embarque de Guaianazes tomou a liberdade de alertar a todos sobre este frequente incidente), já ganhei um vergão no braço por conta dos frequentes tumultos no embarque, fora algumas habituais irritações com quem não vai embarcar e fica na porta não nos deixando passar e aqueles que tendo maior vigor físico ou não querem a todo custo entrar no trem, provocando algumas vezes incidentes no vão; o tal de homem aranha já foi mencionado uma vez por um camarada meu, mas na linha de Francisco Morato. Conheço também a rotina no Brás em ambos os sentidos, que seus acessos são escassos (assim como na Luz). O fato do trem ter saído meio vazio, ou digamos menos cheio, realmente aconteceu uma vez – talvez pela reunião na porta daqueles que querem esperar para irem sentados. Bem, mas eu sou homem e nem gosto de tirar a razão de vocês que passam maus bocados por conta das condições em que viajam. Prefiro no momento salientar que fiz apenas apartes ao vosso comentário e não uma crítica, tendo apenas notando alguns pormenores. Desculpe se sentiu-se ferida por meus comentários devido a todas as situações pelas quais você e todas as mulheres são obrigadas a suportar (ou não) todos os dias indo e voltando; não sou alheio a isso porque fico imaginando o tempo em que minha noiva precise utilizar os serviços de transporte da maneira como são e todos os percalços a que estamos sujeitos.
Deixando de lado a ideia da “plataforma 5″, uma possível solução para o retorno da linha 10 a Luz talvez fosse o aterramento (tanto faz se o Expresso Leste ou o possível Expresso ABC), porém sabemos que isso leva algum tempo para acontecer. Já se falou em aterramento das linhas (metrôs e trens) como uma possível solução para aumento do espaço – claro não sou engenheiro para discorrer sobre essa possibilidade – mas são apenas boatos que correm e parece que depois o governo “enterra” aquilo que chama de solução e em contrapartida, como em ano eleitoreiro, surgem ideias de novas linhas que demorarão a sair do papel e aquelas que alegadamente ficam prontas em breve considero bobagem (monotrilhos, por exemplo: não creio que suportem a demanda, pois o sistema normal já está extremamente saturado). No mais, o que posso dizer é que duvido que alguém possa achar nosso transporte satisfatório e procuro ficar antenado a sugestões e soluções para TODOS os problemas!
Solução:
Tirem as porcarias dos trens da linha 10, ou seja, faça um upgrade neles ou desviem para outros percusos e coloquem trens que possam fazer todo o trajeto de Jundiaí (sem baldeação em F. Morato) direto a Rio G.Serra, como eram antigamente pelos trens da The Budd Company. Vergonhoso ver como trens construídos na década de 50 aguantam até hoje o tranco. De preferência que façam o antigo percurso até Paranapiacaba, que pelo menos em horários reduzidos. Outro fui a Jundiaí e percebi que existem muitos usuários tanto para ir como voltar que descem na Barra Funda. Ou seja, justifica o fim da baldeação.
No brasil é assim, pagamos altos impostos (os maiores do mundo) e o brasileiro é taxado como puppet (marionete) e escravo. Politicos e Diretoria da CPTM que destruiram todas as lembranças das antigas FEPASA e Santos a Jundiaí nunca se preocuparam em pegar trens para ir ao trabalho ou residência. Simplesmente utilizam seus confortáveis veículos, quando não muito com motorista particular e pouco se lixam com transporte público.
Nunca precisei utilizar trens, porém gosto muito do espaço ferroviário, pela engenharia empregada e desde criança eu saia da escola (quando possível, as vezes no horário de pico e ia andar de trem e conheci seus problemas). De vez em quando ainda faço tais peripécias e vejo a sacanagem que fizeram. Se vocês verificarem em todos os países desenvolvidos as ferrovias são tratadas como transporte top de linha, inclusive trafegam em trechos urbanos como ocorria em São Paulo. Infelizmente em um país subdesenvolvido como o Brasil. por interesse de poucos temos o cenário que aí está, fora a corrupção que atingiu patamares insuportáveis e quem paga a conta somos todos nós. Outro exemplo que esqueci de citar é o fim dos antigos trens Toshiba da Fepasa que foram desativados 01/05/2010 em Itapevi e até hoje as pessoas tem de desembarcar em Itapevi e prosseguir até Amador Bueno de Ônibus. enquanto as obras de expansão na ferrovia simplesmente estão paradas, sacaneando a população local que dependia dos trens. 2014 / 2016 estão aí, só se fala nisso; e melhorias estão em passos de tartaruga (Não querem fazer fiasco e alegam futuras melhorias em vários setores), depois dessas datas, então estaremos mais ferrados pois não teremos mais eventos mundiais e os investimentos serão cortados. Daí não quero nem ver. Acho que os protestos da população deveriam ser mais veementes, pois já não aguenta mais tanto descaso como o exposto pela Sra. Rosana.
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Moro na região do ABC, e em 2006 prestei um concurso público com opção de escolha do local de trabalho ou na capital ou baixada paulista, e não tive dúvidas com relação a escolha, pois as agruras sofridas com transporte público, sendo que nesta época os ônibus provenientes do ABC já tinham sido transferidos para o Sacoman e a baldeação era obrigatória rumo a Parque D. Pedro, restando apenas os trens com destino a Estação da Luz, que embora andassem lotados, se conseguia fazer baldeação com a linha-1 Azul.
Pois não é que o que já estava ruim ficou pior, pois a estação da Luz que estava com seu limite esgotado teve por um planejamento mal executado uma estação como terminal da linha-4 Amarela do Metro, fazendo com a situação que os usuários provenientes do ABC fizessem baldeação obrigatória no Brás, indagado o presidente da CPTM proferiu a seguinte pérola “A mudança foi para melhorar o conforto”, e as pesquisas demonstraram que mais de 70% estavam mais satisfeitos, uma pesquisa paralela pelo Diário do Grande ABC, demonstrou que a referida pesquisa da CPTM, estava manipulada.
A informação inicial era de que a mudança se daria de forma provisória, mas depois mudou o discurso, pediu desculpas e hoje esta de forma definitiva.
Foram estes acontecimentos, e a escolha de bitola divergente da de 1,6 m pela linhas 4 e 5 do Metro de SP foram os que determinaram que eu deveria participar de algumas sugestões e reivindicações como a de se reservar as últimas áreas periféricas paralelas disponíveis para estações ferroviárias em SP, como o:
Iª Pátio do Pari,
IIª Área entre a estação da Luz e Júlio Prestes no antigo moinho desativado, e recentemente demolido.
IIIª Cercanias da estação da Mooca até a Av. do Estado na antiga engarrafadora de bebidas desativada no município de São Paulo.
IVª Prolongamentos de plataformas na Estação da Luz.
Vª Volta do trajeto até Francisco Morato utilizando composições mais potentes, ou seja as mesmas que são utilizadas hoje da Luz até Francisco Morato, com a aquisição de algumas unidades complementares.
A retirada da estação da Luz das composições provenientes do ABC, é mais um dos capítulos da sucessiva supressão de acessos que a antiga Santos a Jundiaí vem tendo nestes planejamentos da CPTM, e se continuarmos omissos, a proxima sera até Tamanduateí.
Atualizado em 24/09/2012
Vejamos algumas definições básicas de tipos de estações ferroviárias
1ª Terminal: Composições não tem prosseguimento no mesmo sentido, expl. Júlio Prestes.
2ª Passagem: Composições tem prosseguimento no mesmo sentido, expl. Luz.
3ª Mista: Possuem ambas características de terminal e passagem, expl. Barra Funda , Brás.
Comparando as baldeações no Brás ou Barra Funda vejamos os dois casos;
1º Linha dez no Brás, os usuários tem as opções de utilizar os trens suburbanos ou metro numa estação de passagem em que ambos, trens e metro estão em um local de demanda máxima no sentido Barra Funda.
2º Linha sete na Barra Funda, com possível terminal na Júlio Prestes, os usuários tem as opções de utilizar os trens suburbanos ou metro numa estação de terminal em que ambos, trens e metro estão em um local de demanda menor no sentido Luz zona leste, pois estão no contra-fluxo.
A estação da Luz já estava com seu limite esgotado quando teve por um planejamento mal executado a instalação uma estação subterrânea como terminal da linha-4 Amarela do Metro, sem que a estação Nova Luz estivesse concluída.
A estação da Luz é uma estação de característica de passagem, e é um desperdício logístico utilizá-la como estação terminal como é a Júlio Prestes, que só tem condições de receber composições provenientes de Barra Funda, se for para usar como terminal, porque não se transferiu a linha 7 para Julio Prestes que fica próxima e esta subutilizada ?
Algumas das últimas áreas periféricas paralelas disponíveis para estações ferroviárias em SP, como o;
Iª Pátio do Pari;
IIª Área entre a estação da Luz e Júlio Prestes no antigo moinho desativado, e recentemente demolido;
IIIª Priorizar a execução do projeto da Nova estação da Luz, integrando com a Júlio Prestes;
IVª Cercanias da estação da Mooca até a Av. do Estado na antiga engarrafadora de bebidas desativada no município de São Paulo;
Vª Prolongamentos de plataformas na Estação da Luz, nos locais não tombados;
VIª Unificação das linhas 7 e 10, ou seja, exatamente como era em passado recente e que nunca deveria ter mudado, utilizando composições mais potentes, para finalizar a alegação que a potência das composições atuais da linha 10 não é possível vencer a inclinação de linha 7, ou seja, exatamente do mesmo tipo das que são utilizadas hoje da Luz até Francisco Morato, com a aquisição de algumas unidades complementares as existentes.
VIIª Existe hoje entre as estações do Brás até Mauá uma linha ociosa que no passado foi utilizada como linha expressa com paradas na Luz, Brás, S Caetano, Sto André e Mauá.
O expresso ABC, é uma outra farsa eleitoreira que se promete no futuro chegar a Luz (que hoje esta suprimida) sem detalhar como será executado, e já tem até um “Morando”em SBC, posando em cartaz como pai desta criança que ainda nem foi concebida.
Uma vez que fica demonstrado tecnicamente ser esta uma decisão arbitrária devemos sim, levar em conta o lado político na escolha da linha a ser retirada, pois na região do ABC são municípios independentes e seus eleitores não votam na capital, e um histórico de bom comportamento em relação a outras linhas, o que é confundido como usuários satisfeitos.
Os planos da CPTM de desativar a estação Julio Prestes CPTM em foco-“Estação Júlio Prestes poderá ser fechada”, sob a alegação que esta subutilizada, é mais um capítulo do descaso que se impõem aos usuários de trens suburbanos, faz com que todos tenham prejuízos com esta decisão, porém os usuários da linha 10-Turquesa ABC foram os mais prejudicados.
Se a estação Júlio Prestes hoje se encontra subutilizada, é porque os planejadores não tiveram a sensibilidade de visualizar que esta estação terminal, só têm condições de receber composições provenientes de Barra Funda / Água Branca, inclusive os planejados trens regionais procedentes de Campinas, Sorocaba, entre outras cidades do interior, e linha 7 procedente de Francisco Morato, for para usar como terminal, porque não se transferiu a linha 7 para Júlio Prestes que fica próxima e esta subutilizada?
A estação da Luz já estava com seu limite esgotado quando teve por um planejamento mal executado a instalação uma estação subterrânea como terminal da linha-4 Amarela do Metro, esta estação do Metro deveria ser na Júlio Prestes, jamais na Luz, sem que a estação Nova Luz estivesse concluída, e antes que tentem justificar que os subterrâneos da estação Júlio Prestes esteja tombado, e por isto que a linha-4 Amarela não foi instalada lá, é a mesma situação da estação da Luz.
A estação Nova Luz que se diziam estar planejada para ficar no lado oposto a Júlio Prestes e ser interligada a ambas é mais uma destas promessas eleitorais que nunca se cumpriram, e o que é mais estranho, é que enquanto querem desativar uma (Júlio Prestes), dizem que querem construir outra com características semelhantes (Nova Luz).
A estação da Luz é uma estação de característica de passagem, e não terminal, e é um desperdício logístico utilizá-la como esta sendo feito atualmente. .
O resultado disto é que hoje temos uma estação da Luz super abarrotada e próximo ao caos, enquanto que a duas quadras uma estação as moscas, cujo destino previsto é de uma sala de “N” finalidades porem nenhuma como estação de passageiros.
Quanto ás palavras ditas em CPTM em foco-“Alckimin estuda retorno da linha 10 para a estação da Luz”, provavelmente deveram ser repetidas com outras palavras nas próximas eleições.
Olá, Leoni. Gosto da ideia (embora a esta altura ela seja inexequível) de integrar a Linha 4 com a Júlio Prestes. Teria sido uma boa ao menos analisá-la, mas poderia desfazer um gargalo sem criar outro, aumentando, inclusive, o uso da Júlio Prestes. Se isso tivesse sido realizado, poder-se-ia até desviar a Linha 7 para lá, embora isso fosse também desconstruir a antiga Santos–Jundiaí. Agora, só transferir a Linha 7 para a Júlio Prestes, sem alternativa de metrô, é prejudicar os passageiros dessa linha. Sim, os da Linha 10 foram prejudicados pela alteração de um ano atrás, mas essa solução só transferiria o problema de lugar. E, como eu já escrevi acima, sempre temos de lembrar que a Linha 7 sem a Luz teria apenas uma estação de transferência com o metrô (Barra Funda), enquanto a Linha 10 com a Luz teria três.
Prezado Alexandre,
Primeiramente quero me apresentar,
Moro em São Caetano do Sul, e comecei a escrever sobre ferrovias após os acontecimentos dos acidentes com a construção da linha 4 além da falta de uniformidade desta linha e a linha 5, com a bitola das linhas existentes 1,6m nas principais capitais brasileiras, e o período da transferência da linha 10 para o Brás, foi uma coincidência.
Em solidariedade a todos que escrevem sobre este assunto, especialmente a uma usuária que se identifica como Rosana, que mostra um verdadeiro martírio diário, pelo direito de viajar de pé, e descer e embarcar na Luz.
Linha sete na Júlio Prestes Barra Funda, com passagem pela Barra Funda, os usuários tem as opções de utilizar os trens suburbanos ou metro numa estação de terminal em que ambos, trens e metro estão em um local de demanda menor no sentido Luz zona leste, pois estão no contra-fluxo, alem de que no terminal Júlio Prestes, através de uma passagem subterrânea, entre Luz e Júlio Prestes com uma distância equivalente que os usuários que utilizam a linha 10 para apanhar o metro da se utilizariam das linhas 1 e 4 alem da passagem pela Luz num total de três linhas, e não uma, portanto sem nenhum prejuízo para os usuários da linha 7.
O resultado disto é que enquanto a estação da Luz se encontra ultra saturada, a sua vizinha próxima se encaminha melancolicamente para sua desativação como estação ferroviária por falta de uso de acordo com comunicado da CPTM.
Não considero inexeqüível, esta solução uma vez que ela tem por base a descentralização e a utilização de uma estação que esta a beira de sua desativação por falta de uso, enquanto a estação da Luz já estava com seu limite esgotado quando teve por um planejamento mal executado a instalação uma estação subterrânea como terminal da linha-4 Amarela do Metro, sem que a estação Nova Luz estivesse concluída, e antes que alguém conteste a dificuldade de se executar esta obra, devo dizer que o Metro-Rio na estação Cardeal Arco Verde existe algo semelhante com uma dificuldade maior, pois foi executado na rocha.
E por falar em estação Nova Luz, pelo que eu sei ficaria no lado oposto, não conheço o projeto, só sei que ela só costuma aparecer em períodos eleitorais, você não comentou nada!?
Não entendi sua preocupação, de que se transferir a linha 7 para Júlio Prestes com o “desconstruir a antiga Santos a Jundiaí”, quando a CPTM assumiu 1992 esta linha já não ia até Santos, e muito menos a Jundiaí, então transferir como foi feito com a linha 10 – ABC que desde os tempos da SPR chegava e ultrapassava a Luz para o Brás, pelo seu critério não é uma “desconstrução”!?
Nas intervenções anteriores no seu blog, já sugeri algumas das últimas áreas periféricas paralelas disponíveis para estações ferroviárias na capital de SP.
Para finalizar, desde a manhã de domingo 16/12/12 esta semana me tem sido muito feliz, e gostaria de desejar um feliz Natal e um feliz ano de 2013 para você, e todos seus familiares e leitores do seu blog.
Olá, Leoni. O que me referi como inexequível é levar a Linha 4 à Júlio Prestes. Isso não tem mais como acontecer. Já a preocupação sobre a “quebra” da Santos–Jundiaí é meramente emocional (o texto acima eu cito desde o início que a mudança da Linha 10 para o Brás fez essa “quebra” ocorrer).
Mas sigo discordando da mudança da Linha 7 para a Júlio Prestes, pois apenas transfere o ônus para eles, que ficarão com apenas uma opção de metrô ao longo de toda a linha, enquanto, repito, a Linha 10 ficaria com três, sendo que o trecho entre Brás e Luz (10) sempre foi menos utilizado do que o entre Luz e Barra Funda (7). O martírio diário da Rosana seria vivido por outros usuários, estes da Linha 7, e possivelmente em maior número. Isso não quer dizer, claro, que eu apoio a mudança feita no fim do ano passado; pelo contrário, como explicado no texto.
Mesmo a passagem subterrânea que você cita não resolveria o problema, pois, além de a extensão dela ter de ser duas vezes maior que a da ligação entre a Estação da Luz e a Linha 1, também imporia aos usuários oriundos da Linha 7 caminhar essa distância e depois a distância até as linhas 1 ou 4, dependendo de seu destino.
Eu usei a Luz por alguns anos em que as linhas 7 e 10 lá conviveram, e não havia dia em que houvesse mais pessoas na plataforma 1 (que atendia a Linha 10) do que na 2 (Linha 7). Hoje a plataforma 1 no pico da tarde costuma ficar bastante lotada, rivalizando até com a plataforma 4. Transferir todo esse volume de usuários para a Júlio Prestes, por meio de longa passagem subterrânea, seria um problema.
(E nem entro na complicação técnica de se fazer a Linha 7 chegar à Júlio Prestes, já que as linhas da antiga Sorocabana não poderiam ser usadas, por existirem apenas duas vias, que já passam entre dois edifícios quase na altura da estação. Dessa maneira, seria necessário criar uma elevação na Linha 7 ao mesmo tempo em que haveria um desvio rumo à estação. E, claro, adaptações nas plataformas e vias da gare. Mas não entro nesse mérito pois, se a sua ideia tivesse sido implantada, valeria a pena fazer isso para integrar as linhas 7 e 8 com a Linha 4 ali. Mas ali, no máximo com um túnel de pedestres não mais longo que o atual na luz.)
Qualquer solução para a Linha 10 voltar à Luz deve levar em conta os usuários da Linha 7. Ainda creio que a melhor solução seria reunificar as linhas 7 e 10.
Feliz Natal e excelente 2013 para você também!
Também quero me apresentar.. Sou Ricardo de Jundiaí, 31 anos. Admiro ferrovias desce criança e fiz viagens nos trens de passageiros de longo percurso nos seus últimos anos de vida…
A última viagem comercial do trem de passageiros entre Luz e Santos aconteceu em 24/11/1996 com os Budd/Mafersa série 141 da então RFFSA. Antes disso as vezes fiz esse passeio até Santos e voltava, só pelo prazer de viajar… Pelo o que me lembro a automotriz ia até Paranapiacaba e depois rebocada pela locomotiva elétrica na cremalheira, em seguida continuava
Porém, em 30/11/1996 aconteceu uma viagem histórica para marcar o fim do trem de passageiros no trecho, já que no dia seguinte a malha estaria privatizada. Foi feita uma homenagem especial, com carros de madeira que hoje estão no acervo da ABPF, com ex-funcionários da ferrovia, imprensa e autoridades para realizar a ultima viagem oficial.
Acho que era um evento fechado, mas por curiosidade consegui descer com meu pai na plataforma 1 da Luz. No apito do trem, embarquei no ultimo carro que estava vazio. E assim, realizei uma viagem emocionante e histórica.
Atualmente não sei quanto a melhor alternativa operacional… Também não sei como é o dia-a-dia… Pelo o que percebo, a Luz como terminal realmente está saturada, o Brás também e Júlio Prestes subutilizada. A Barra Funda talvez saturada também, mas acho que ainda há plataformas sem utilização. Sem contar com projetos futuros como o prometido expresso aeroporto/guarulhos (linha 13) também chegar nestas estações… Aliás, que eu saiba Jundiaí nunca deixou de ser atendida pelos trens da CPTM como Leoni chegou a a afirmar
Mas também pelo o que acompanho há projetos de tornar a Água Branca um importante ponto de integração, entre a linha do futuro expresso regional até Jundiaí e talvez também da linha expressa até Sorocaba, com a futura linha 6 do metrô e a linha da CPTM (isso se tudo sair do papel, é claro). Também já se discute estender a linha 7 da CPTM até Campinas, que terá projeto funcional a ser contratado em breve.
São muitos projetos para mesma região, então não confundir “trem-bala”, com trem expresso regional e extensão da linha 7… Segundo matéria recente: “O TAV, que vai ligar Campinas ao Rio, passando por São Paulo, tem velocidade máxima de 360 km/h e sua tarifa deve concorrer com a dos aviões. O trem regional, com velocidade de até 160 km/h, terá tarifa parecida à das rodovias com pedágio. Já a expansão da CPTM concorreria com os ônibus intermunicipais. Há espaço para todos” – (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,linha-da-cptm-vai-ser-ampliada-ate-campinas-,966613,0.htm).
Tudo vai demorar muito, talvez alguns ou todos os projetos nem saiam do papel como tantos outros que já foram anunciados, mas há sempre há esperança para a melhoria ou a volta do transporte ferroviário…
Parabéns pelo blog.
obs: faltou o final do relato no texto:
Pelo o que me lembro a automotriz ia até Paranapiacaba e depois rebocada pela locomotiva elétrica na cremalheira, em seguida continuava com a diesel-elétrica até Santos. (pelo o que me lembro era assim os últimos anos da ligação de São Paulo com o litoral, nos antigos Budd/Mafersa 141).
Oi, Ricardo. Obrigado pela contribuição. Coincidência você ser de Jundiaí; ontem estive aí apenas para ir de trem até a estação, que eu não conhecia. Sobre Água Branca, o projeto da Linha 6 é mencionado desde 2008, e era previsto à época que as obras tivessem início em 2010, com início parcial das operações em 2012 e total em 2015. Entretanto, até agora ainda não começou nem a sair do papel. Até acho que vai sair, sim, mas não tão cedo. Provavelmente as operações completas só terão início na próxima década, e é aí que Água Branca vai poder ter a importância de uma Tamanduateí, por exemplo. Aí, sim, talvez valha a pena tirar a Linha 7 da Luz. Já em Barra Funda há plataformas ociosas, como você disse. Já há algum tempo — por que será que tudo demora tanto aqui no Brasil? — ouço que a Linha 11 vai chegar ali, tanto é que estão fazendo uma grande reforma nas vias entre Luz e Barra Funda. Mas, de novo, até agora nada…
[Nota do Blogueiro: O texto que a Rosana aqui colocou, "Estado planeja volta da Linha 10 à Luz", foi publicado pelo Diário do Grande ABC em 14 de fevereiro. Removi-o por questões autorais, porém coloquei o link para ele no título da matéria.]
Prezado Ricardo,
Primeiramente, devo–lhe dizer que você está correto quando informa que os trens suburbanos chegam até Jundiaí, porem com transbordo.
Com relação ao TAV, não existem informações claras, e nem sabem onde ficara a estação de São Paulo, trajeto, porém algumas informações básicas informam que será da categoria de até 250 km/h, e não 360 km/h, com a velocidade média projetada pelo consórcio “Halcrow” de 209 km/h, quanto aos trens regionais, de até 160km/h, todos trajetos propostos, SP-Santos, SP-Sorocaba, SP-Campinas, SP-Taubaté, e muito mais já existiram, inclusive para localidades bem mais distantes, inclusive São Paulo-Rio, eu próprio cheguei viajar varias vezes.
Nas minhas intervenções anteriores, foram sugeridas algumas das últimas áreas periféricas paralelas disponíveis para estações ferroviárias na capital de SP, sendo que em 25/01/2013 foi anunciada a estação Bom Retiro ( Moinho demolido), que é uma das citadas, nela estão citadas as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, e 8-Diamante, sendo e a linha 10 que hoje tem seu terminal no Brás aparece no projeto sem informar como se daria sua chegada lá, e a estação Nova Luz, pelo que eu sei ficaria no lado oposto a Julio Prestes, não se fala mais nada não conheço o projeto, exceto pelo blogueiro oficial da CPTM, e só sei que ela só costuma aparecer sempre em períodos eleitorais, o Alexandre não comentou nada !?
E a unificação das linhas 7 e 10, ou seja, exatamente como era em passado recente e que nunca deveria ter mudado, utilizando composições mais potentes, para finalizar a alegação que a potência das composições atuais da linha 10 não é possível vencer a inclinação de linha 7, ou seja, exatamente do mesmo tipo das que são utilizadas hoje da Luz até Francisco Morato, com a aquisição de algumas unidades complementares as existentes.
O tempo perdido entre a chegada da linha 7 na Luz, desembarque, manobra para entrar na linha oposta, embarque e partida, chega próximo aos 5 minutos em plena estação central de São Paulo, ficando claro ser um desperdício utilizar-se como terminal.
Nem conseguiram acabar com o caos da estação da Luz, e já estão “planejando” outros inúmeros transbordos na nova estação Tamanduateí com as linhas 10 Turquesa, 2 Verde, e os monotrilhos Expresso ABC e Expresso São Mateus Tiradentes, com um agravante, de que as plataformas da estação Tamanduateí são mais estreitas que a Luz.
Além de já prever que no projeto da futura linha 6 Laranja com transbordo obrigatório na sua expansão, caso os usuários desejem prosseguir viagem, fazendo que os usuários tenham que fazer múltiplos transbordos provocando enorme desconforto.
Já o metrô Rio, aceitou os argumentos de não se construir a linha 4 do metrô prevista para 2015, e que é um prolongamento em linha reta das existentes, em bitola divergente da existente (1,6 m), e padronizou em 100% com o metrô e trens suburbanos existentes ou seja optou pela uniformização igual a maioria dos metrôs mundiais, exceto São Paulo.
“A consciência é inútil, sem uma convicção adquirida”
Fernando Sabino
Estudos, há vários, Bruno. A esta altura, eu só acredito quando sair do papel… :(
A CPTM estuda (segundo a apresentação dos seus projetos na 16ª Semana da Tecnologia Metroferroviária) a implantação de três trens expressos no futuro utilizando composições pendulares de dois andares (double decker), (podendo ser dois se considerarmos a reunificação das linhas 7 e 10):
Expresso Noroeste (Linha 7 Rubi)
-5 estações (Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras, Lapa, Água Branca).
~183 mil pass/dia (2014)
Expresso Oeste Sul (Linha 8 Diamante)
-4 +2 estações (Barueri, Carapicuíba, Osasco e Pinheiros), com previsão de prolongamento até Alphaville e Tamboré.
~216 + 44 mil pass/dia (2014)
Expresso Sudeste (Linha 10 Turquesa)
-6 estações (Luz, Brás, Tamanduateí, São Caetano, Santo André e Mauá).
~416 mil pass/dia (2014)
Poderia se reunificar as linhas 7 e 10 entre Mauá e Francisco Morato, como eram antigamente.
Eis os fatores que justificam a implantação trens de dois andares em algum desses trens expressos;
- A altura (h) do cabo de alimentação catenária de 3 kVcc x pantógrafo atende.
- Atendimento de poucas estações (caso da linha 8).
- Demanda pequena (no caso dos expressos Noroeste e Oeste Sul).
- Trens de dois andares poderiam transportar mais passageiros (praticamente o dobro) com menos composições, pois a quantidade poderia ser ajustada em conformidade com a demanda.
Causou-me estranheza e perplexidade as incursões de Alkmin pelo ABC, a caça de votos com mais um festival de promessas eleitorais que não foram cumpridas, lembrando que o PSDB está no poder em SP no mínimo á 20 anos, durante este período desde a criação da CPTM, a região só teve perdas, como:
Desativação da estação Pirelli, fim dos trens para Santos, fim dos trens regulares para Paranapiacaba, fim dos trens regulares para Francisco Morato, fim dos trens regulares para Barra Funda, fim do trem expresso Mauá Luz, fim dos trens regulares para a Luz…
Mais algumas promessas não cumpridas; Linha 13-Jade, Santo André Guarulhos (Cumbica) também chamada de Linha 14-Onix, Monotrilho Linha 18-Bronze.
Consta do próprio blog da CPTM (Já do ano de 2013) de que a linha 10-Turquesa possuía mais passageiros, mesmo ainda não tendo entrado em operação os monotrilhos das Linha 18-Bronze, e Linha 15-Prata com relação á Linha 7-Rubi, a escolhida para permanecer na Luz. *(Comprovante anexo)
Como é que está esta questão, da retirada dos trens suburbanos procedentes do ABC Linha 10-Turquesa da Estação da Luz, Por que os movimentos sociais pela sua volta não estão tendo os devidos espaços na mídia, principalmente no Diário do Grande ABC, do qual o citado no texto introdutório sr. Ronan Maria Pinto é um dos diretores!?
Dentre o festival de promessas não cumpridas das eleições passadas publicadas no Diário; “Expresso ABC (SP) inscrito no PAC” de André Vieira 08/05/11 e este “Futuro expresso ABC, com estação terminal Bom Retiro” que consta na reportagem do Fábio Munhoz na folha 5 do Setecidades de 08/02/12, o projeto da Nova estação da Luz, o de Natália Fernandes da Linha 14-Onix Santo André / Guarulhos de 03/09/14 e o de Gustavo Pinchiaro, Alkmin cobra aval da União para trem de 13/09/14!?
Com relação ao Monotrilho Linha 18-Bronze, um episódio em especial chama a atenção, é a do deputado Orlando Morando-PSDB, também conhecido como “papagaio de pirata”, por suas inúmeras aparições em fotos de seu rosto ao lado de autoridades, informando equivocadamente a população do ABC que esta linha é Metrô, não sabendo distinguir entre outros; Metrô, Trens suburbanos, Trens regionais, VLT, BRT, Monotrilho, TAV. E ainda tem coragem de falar do Tiririca!
Com uma possível volta da ligação Campinas, Jundiaí, Francisco Morato até S.Paulo, com os trens suburbanos, o local ideal para instalação da nova estação terminal S.Paulo dos passageiros procedentes da linha 7 Rubi, seria entre a estação da Luz e a estação Júlio Prestes (antiga Sorocabana) da CPTM, no local do antigo moinho que foi transformado em favela e parcialmente demolido recentemente após incêndio, e que possui grande facilidade de infra estrutura pois os trilhos de ambas estações passam paralelas e a modificações poderiam ser feitas com baixo custo, e são tecnicamente possíveis.
Não concordo com a opinião do Sr. Manuel Bandeira presidente da CPTM, quando diz: “Tecnicamente não tem como a operação voltar a Luz”, a troca da opção anterior de que os usuários tinham de se utilizar, as linhas 4-Amarela, e principalmente a linha 1-Azul, em troca da linha 2-Verde e o objetivo da mudança, é “garantir mais conforto”, certamente ele não deve ser usuário como eu desta linha, a não ser que ele considere fazer transbordo com linha superlotada um conforto!
Qual é a finalidade da 3ª linha central em 1,6 m, entre a estação do Brás até Capuava, que anteriormente servia a um trem expresso, e descida a Santos, que hoje esta ociosa ?
Que incentivo é este ao uso de transporte público em que se tem de fazer múltiplas baldeações, assim como hoje esta acontecendo com os ônibus procedentes do ABC que tem que fazer no terminal Sacomã para prosseguir até o centro de S.P !?
CPTM anuncia reunificação das Linhas 7 e 10 (maio 2021)^
Decisão corretíssima esta “Reunificação”, destas linhas que nunca deveriam ser separadas (sempre foram uma só criando a Linha -710 a antiga Santos a Jundiaí), pois flexibiliza a mobilidade pois estas linhas redistribuem o fluxo entre todas linhas Metrô Ferroviárias e redistribuem, integram e englobam todas as linhas independente da pandemia, e ira beneficiar um número maior de usuários, parabéns pela decisão sensata e correta!
Trens Metropolitanos sempre devem ser prioritários em relação aos futuros TIC -Trens Intercidades, pois comprovadamente beneficiam um número expressivamente maior de usuários diariamente, desta forma era insensato se retirar as Linha 7-Rubi de sua chegada na Luz, da mesma forma a Linha 10-Turquesa, que possuem o mesmo número de passageiros, desta forma deveria ser planejada sua reunificação, esta importantíssima constatação deve ser levada em conta nos planejamentos do Plano Diretor e antes de se fazer quaisquer concessões precipitadas, para demonstrar isto vejamos os números;
De acordo com dados da própria CPTM, foram as seguintes as demandas mensais das Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa no ano de 2020;
Fevereiro (antes da pandemia) – Linha 7- ~7.700 mil , linha 10- ~7600 mil
Agosto (durante a pandemia) – Linha 7- ~5.070 mil , linha 10- ~4800 mil, ficando comprovado que não existe praticamente diferenças entre elas.
As estimativas de demanda é de que o Trem Intercidades até Campinas, atinja no máximo 15% deste total o que perfaz 305 mil.
“A persistência é o caminho do exito” Chaplin
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Alexandre Giesbrecht nasceu em São Paulo, em abril de 1976, e mora no bairro do Bixiga. Publicitário formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, é autor do livro São Paulo Campeão Brasileiro 1977 (edição do autor).