No último dia 21 de janeiro fez quatro meses que a Estação Tamanduateí foi inaugurada. A partir de hoje foi iniciada a cobrança de quem usa a estação. Até ontem, era possível ir até as estações Sacomã ou Vila Prudente sem pagar passagem. Isso dá a impressão de que tudo está funcionando normalmente. E até está, mas apenas na parte da estação pertencente à CPTM, tanto é que a demolição da antiga Estação Tamanduateí, vizinha à atual, foi praticamente concluída na última semana, como mostra a foto acima. Já a parte do Metrô vinha funcionando apenas das 8h30 às 17 horas, e hoje esse horário foi estendido em meia hora, com a estação passando a abrir às oito horas. Esses horários também valem para a Estação Vila Prudente, inaugurada um mês antes.
É suficiente para absorver parte do volume de passageiros do horário de pico da manhã, mas não chega nem perto do horário de pico da tarde. E mesmo no horário de pico da manhã, antes de a ligação com o Metrô se abrir, filas se formam junto às catracas de integração desde meia hora antes. O novo horário não deve resolver esse problema; apenas deverá antecipá-lo. A foto abaixo dá uma ideia da fila (e só uma ideia, pois quando a bati havia muito mais gente atrás de mim), assim como o vídeo logo abaixo, que fiz no dia 21 de janeiro (por coincidência o aniversário de quatro meses da estação), mostrando a fila e a abertura das catracas.
Desde a inauguração do trecho inicial da Linha 4, entre as estações Paulista e Faria Lima, a operação assistida, período de testes que o Metrô se dá após a abertura de novas estações, desandou. A Estação Sacomã, a última inaugurada antes da Linha 4, teve um período de apenas vinte dias de testes. Antes disso, estações inauguradas nos últimos anos tiveram períodos mais curtos de operação assistida ou sequer a tiveram, caso da Estação Alto do Ipiranga. Já a Linha 4, inaugurada em 25 de maio, segue em operação assistida, ainda mais restrita que a das duas estações mais a leste da Linha 2: apenas das oito às quinze horas, e somente em dias úteis.
A versão de alguns funcionários do Metrô ouvidos pelo Jornal da Tarde em novembro passado é que a operação ainda não pode ser classificada como “segura”, pois os trens ainda não param no local exato das plataformas, impedindo a sincronização com as portas automáticas das plataformas — que curiosamente já funcionam na Estação Sacomã, que opera durante todo o horário do Metrô. Na reportagem, o Metrô não deu sua versão nem uma previsão de quando as operações assistidas se encerrariam. Três meses depois, o máximo que avançaram foi a meia hora a mais em vigor a partir de hoje.
Para piorar, a Estação Tamanduateí, apesar de ainda continuar muito bonita no geral, já tem problemas com infiltrações. O JT de ontem falou em nove pontos onde caíam pingos d’água, sendo três na plataforma de embarque. Visitei a estação na manhã de hoje, e encontrei um ponto onde a goteira não parava de pingar no mezanino onde ficam os banheiros da parte do Metrô (o piso abaixo daquele onde estão as catracas). Na primeira foto abaixo, o ponto de onde as gotas caem, no teto. Na segunda, o chão com o aviso. DO lado de fora, vi funcionários com rodos empurrando muita água num pátio abaixo das escadas rolantes de acesso na Avenida Presidente Wilson. Pode ser que fosse alguma limpeza, mas pouco adiante, numa parte gramada do terreno, havia grandes poças d’água. Não havia chovido até aquele momento.
O Metrô continua sem estipular um prazo definido para a abertura definitiva das estações Tamanduateí, Vila Prudente, Faria Lima e Paulista. Na edição vespertina do SPTV, Sérgio Avelleda, presidente do Metrô, empossado em janeiro, prometeu: “No final de abril, começo de maio, nós vamos ampliar o funcionamento [das estações Vila Prudente e Tamanduateí] para todo o horário de pico, abrindo das 4h40 até as oito da noite. E aí no segundo semestre abre no período integral.” Para as outras estações da Linha 4, os mesmos prazos para inauguração vagos, como “até o fim do primeiro semestre” para as estações Pinheiros e Butantã e “até o fim do ano” para as estações Luz e República — as outras, nem isso. Como os prazos, especialmente da Linha 4, já foram adiados inúmeras vezes, os usuários do Metrô não fazem a menor ideia de quando poderão incorporar as novas estações às suas rotinas. No caso da Tamanduateí, a dúvida se alastra para os usuários da CPTM, principalmente os que vêm do ABC.
E aí? Até quando vai a operação assistida? No caso das estações Tamanduateí e Vila Prudente, vai mesmo até “final de abril, começo de maio”? Ou a operação assistida vai comemorar aniversário em 21 de agosto na Vila Prudente, depois de mais um adiamento?
O PSDB mostra que não é diferente dos outros partidos do país. Construiram muito metrô e inauguraram pouco porque aparentemente as linhas nãoe stão prontas ainda. Po, o sr. Serra e o sr. Goldman não sabiam disto? Foram enganados? Ou foram mentirosos? A linha 4 já deveria estar funcionando no hrario normal PELO MENOS entre a Brigadeiro Faria Lima e a Paulista. Não está. A linha da Vila Prudente já deveria estar funcionando normalmente. Qual é o probçema? Por que não falam? Fica parecendo que é tudo pirraça do sr. Ai-de-mim, tb conhecido como Alkmin. oU INCOMPETENCIA. oU MENTIRA. oU TUDO JUNTO.
Está óbvio que houve “falhas” graves na construção. E estão fora do horário tentando tampar o sol com a peneira, consertos meia-boca, enfim o que não se vê o coração não sente. O problema é quando ampliarem o horário definitivamente e durante a rotina receberem aqueles zilhões de pessoas… aí sim o que foi disfarçado virá à tona. O problema é colocar a população em risco! É preferível assumir que ocorreram falhas interromper o funcionamento da estação e usarem horário integral para arrumarem mais rapido, corretamente e de uma vez por todas. Pelo menos, dessa forma a empresa que RECEBEU para fazer é obrigada a fazer direito e não resolver de qualquer jeito, para depois ocorre em mortes nos trilhos! Errar é humano persistir no erro é burrice e enganar é crime. A POPULAÇÃO NAÕ QUER BELEZA QUER TRANSPORTE SEGURO!!! Só isso.
“Óbvio” que houve “falhas graves”? “Colocar a população em risco”? O texto aí em cima é de fevereiro, quando ainda não havia nem previsão de operação em horário mais estendido. A estação já está aberta das 4h40 às 21 horas há quase dois meses (desde 19 de março), o que engloba os horários de pico da manhã e da tarde, sem nenhum incidente mais grave além da lotação. A estação já recebe “aqueles zilhões de pessoas”. Onde está o “risco” aí? E as “falhas graves”?
Um dos grande problemas certamente é aquela imbecilidade de portas duplas. Na hora do rush, isso falhando, já viu, né? Bobagem da grossa esse treco, tem de tirar ontem!!
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Alexandre Giesbrecht nasceu em São Paulo, em abril de 1976, e mora no bairro do Bixiga. Publicitário formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, é autor do livro São Paulo Campeão Brasileiro 1977 (edição do autor).