Hoje fiquei sabendo de mais um exemplo de ausência de créditos. Um jornal de Varginha, o Correio do Sul, publicou, em sua edição de ontem, uma foto tirada por meu pai no ano passado, quando ele esteve em visita àquela cidade. A foto foi usada duas vezes, uma na capa e outra no segundo caderno, e nenhuma das duas trouxe o crédito de quem a tirou. Na capa, há duas fotos creditadas a Guilherme Bergamini, provavelmente funcionário do jornal. Um desavisado imaginaria que foi dele também a (bela) foto de um casarão à beira da linha férrea que corta a cidade.
Mas a situação é ainda pior, pois a foto serviu para ilustrar uma matéria sobre um esdrúxulo projeto que vai contra tudo o que o meu pai defende em relação ao patrimônio ferroviário brasileiro. E a matéria defende tal proposta, mencionando que “a linha férrea (…) pode deixar de ser um problema e se transformar em um belíssimo cartão postal”. Independentemente de se concordar ou não com a afirmativa, o fato é que meu pai não concorda com ela, e a publicação de uma foto por ele tirada para defender tal projeto é um absurdo.
Note que não é uma foto “parecida”. É a mesma foto, como se comprova pelo carro parado à esquerda, pelos sacos de lixo e pela moto no meio da foto e pelas pessoas à direita. Basta acessar a versão impressa do jornal, disponível em seu site — cujo link não vou colocar aqui, para não prestigiar, mas pode ser visto na imagem que ilustra este texto. Imagino que, estando a redação na própria Varginha, seria fácil ir até o local e bater uma foto, mas certamente era ainda mais fácil procurar uma foto na internet e publicá-la, imaginando que o autor nunca ficaria sabendo e/ou não se importaria. Pois bem, o autor dessa foto ficou sabendo e importa-se. Ao contrário das fotos que publico aqui, quase todas disponíveis em Creative Commons (bastando apenas a menção de meu nome como autor), as fotos do meu pai estão protegidas pelos direitos autorais.
O que o Correio do Sul tem a dizer a respeito disso?
E para certos erros não há reparo. Por mais que haja retratação e errata, certos danos morais ficam.
Que tal dizer, ou melhor, confessar, que seus diretores são uns cara de pau? abs
A melhor comparação das fotos é pelas nuvens, foi a única que fiz, na verdade. Era suficiente. Quanto a todas as críticas que estamos fazendo, vão ficar por isso mesmo. Eu me surpreenderia muito se o isso chegasse ao conhecimento de alguém no jornal e, se caso acontecer, se ele se preocupar em responder.
77 queries em 0,555 segundos.
Textos e fotos aqui publicados são liberados em Creative Commons sob a licença Attribution 3.0 Unported. Isso significa que podem ser usados em qualquer projeto, comercial ou não, desde que sejam creditados como "Alexandre Giesbrecht". Um link para cá é bem-vindo, assim como um aviso de que o material foi usado.
CPTM metrô centro Linha 10 da CPTM Linha 7 da CPTM Bela Vista abandono empresas desastradas Barra Funda Estação da Luz Paraíso Linha 8 da CPTM Estação Palmeiras-Barra Funda Linha 11 da CPTM Estação Tamanduateí Linha 1 do Metrô Jornal da Tarde Luz futebol Placar
Em 134 páginas, uma detalhada história do primeiro título nacional do São Paulo, do início do campeonato à sua emocionante final. Saiba como adquirir o seu por apenas R$ 29,90. Curta também a página do livro no Facebook.
Alexandre Giesbrecht nasceu em São Paulo, em abril de 1976, e mora no bairro do Bixiga. Publicitário formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, é autor do livro São Paulo Campeão Brasileiro 1977 (edição do autor).