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É claro que as duas fotos que ilustram esta página não foram batidas no mesmo dia, pois estão separadas por mais de cem quilômetros. A primeira foi tirada em Bento Gonçalves, logo após passeio de trem. A segunda, em Gramado, dois dias depois. Nas duas oportunidades pudemos presenciar um pôr-do-sol espetacular depois de um céu bastante azul em ambos os dias. Curiosamente, fomos à Serra Gaúcha em julho por causa do frio e pegamos uma semana de calor. Não sei se o céu estaria diferente se tivéssemos enfrentado o frio característico ao invés do calor fora de época.
Vejo que sempre o trem está presente, o que é excelente. Não entendo muito de pôr-do-sol, mas acho que a beleza mostrada nas fotos deve-se ao clima de inverno das cidades .
Pena que o trem de Prata, o Santa Cruz, que ligava SP-Rio, tenha sido barbaramente cortado pelos maçaricos. Era um trem americano importado no começo dos anos 50. Seus aposentos de cabina : banheiro, pia e uma beliche com luz individual. Pela manhã ao acordar, pela janela a gente via o nascer do sol.
Conversei com o chefe do trem em 1975 e que histórias tinha para contar.
abs
O trem entrou meio sem querer na história. Acho que é justamente porque, assim como o chefe do trem em 1975, todo mundo que já andou de trem tem uma história para contar.
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Alexandre Giesbrecht nasceu em São Paulo, em abril de 1976, e mora no bairro do Bixiga. Publicitário formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, é autor do livro São Paulo Campeão Brasileiro 1977 (edição do autor).