Quando deixei o Expresso Tiradentes, vindo do Sacomã, fui para o Terminal Parque Dom Pedro II, do outro lado de uma das pistas da Avenida do Estado, para pegar um ônibus de volta para casa. Apesar de ser feio demais, o terminal me fascina, por motivos que não sei explicar. Ou talvez saiba. Na foto acima, o terminal mostra toda a sua feiura, mas tem como pano de fundo uma caótica montanha de prédios, cimada pelo imponente Edifício Banespa, que um dia foi o mais alto da cidade (mas já não é desde 1960, quando foi inaugurado o atual Mirante do Vale). Esse caos, por mais feio que seja — e o edifício-garagem à esquerda deixa a paisagem ainda mais horrível —, é fascinante, com um quê de pôsteres art-déco dos anos 1930 e retro-futurismo dos anos 1950. No meio da pressa do dia a dia, poucos param para contemplar essa paisagem que se apresenta na passarela entre o Terminal Mercado do Expresso Tiradentes e o Terminal Parque Dom Pedro II.
Aproveitando que você falou da paisagem, vou contar uma que será difícil de ser igualada.
Hoje o jornal O Globo estampou duas fotos dos prédios da orla de Copacabana, uma com o Cristo e as montanhas de fundo e a outra sem nada, somente os prédios. E o comentário é que os prédios eram feios sem as vistas das montanhas e do Cristo.
Gozado, no dia 31 de dezembro a gente fica olhando aqueles prédios iluminados fazendo a curva pela orla e é muito bonito.
Quanto ao Terminal só utilizei uma vez e achei bem funcional. Quanto a beleza não sei dizer, é muito grande e acho que tem de ser assim mesmo.
abs
O problema não é ser grande. Dá para ser grande e bonito. É só pensarmos em inúmeras estações ferroviárias grandes, aqui no Brasil, mesmo (Júlio Prestes, Luz, Dois Córregos e tantas outras). E dá para aliar isso a funcionalidade. O problema é que custa caro. Mais fácil fazer monstrengos de concreto e/ou metal. E, pior, sem dar manutenção adequada, o que faz que alguns anos depois esses locais pareçam ainda piores do que são.
Vou tentar ver essa matéria d’O Globo. Em geral, gosto dos prédios de Copacabana, aqueles das décadas de 1950 e 1960, então sou meio suspeito para falar…
Caro Alexandre.
Quanto ao Terminal Dom Pedro, você comentou sobre manutenção e isso é realmente algo a se destacar.
Tem meses (deve ter sido fevereiro, ou janeiro, não lembro ao certo… foi no começo do ano, quando tivemos forte chuvas…) que parte da cobertura da plataforma 3/4 caiu, no ponto onde ficavam as linhas 3141-10 (Terminal São Matheus) e 5108-10 (Jd. Celeste). Naquele ponto também havia uma banca que vendia guloseimas. Desde a data da queda até agora a cobertura ainda não foi coloca, estando a área interditada e a banca que ali havia foi transferida para o final da plataforma. Ou seja, são 4 ou 5 meses que essa cobertura caiu e a manutenção não foi feita. E, apenas como curiosidade, a banca foi posta de forma tão precária que nem energia elétrica puseram nela, sendo as funcionárias da banca ficam colocando gelo dentro do freezer para poder gelar um pouco os sucos e refrigerantes que lá são vendidos.
Um abraço!!
Fábio.
E esse é só um dos aspectos mais graves, e certamente há outros. Quem quer que seja que administre aquilo deve ter um trabalho bastante duro. Entre os aspectos mais simples, a própria foto acima mostra: basta ver a pintura das passarelas, as coberturas das plataformas e por aí vai. Uma visão in loco é ainda mais impactante.
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Alexandre Giesbrecht nasceu em São Paulo, em abril de 1976, e mora no bairro do Bixiga. Publicitário formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, é autor do livro São Paulo Campeão Brasileiro 1977 (edição do autor).